Professores da UE precisam de mais formação em TI

Novo relatório europeu mostra falta de capacidades de TI entre os professores da União Europeia.

O último estudo sobre as TIC nas escolas da União Europei (Survey of schools: ICT in Education) detectou que 20% dos alunos do ensino secundário nunca ou quase nunca usou um computador na escola.

Falando na apresentação do estudo esta sexta-feira, a comissária europeia da Agenda Digital, Neelie Kroes, disse que havia uma necessidade muito real para mais formação em TI para os professores. “Capacidades e formação em TIC devem estar disponíveis para todos os alunos e professores, e não apenas para alguns poucos com sorte”, disse.

A formação de professores em TIC raramente é obrigatória, por isso a maioria dos professores são forçados a usar o seu tempo livre para melhorarem as competências em TIC.

O estudo, que acontece a cada cinco anos, detectou que embora o número de computadores tenha duplicado desde 2006 – em grande parte graças ao laptops, tablets e netbooks, que estão a substituir os computadores desktop em muitas escolas -, ainda existem grandes diferenças entre os países escandinavos e nórdicos (com o melhor equipamento) e países como a Polónia, Roménia, Itália, Grécia, Hungria e Eslováquia.

Apenas 25% das crianças com nove anos de idade na União Europeia estão numa escola equipada digitalmente com equipamento recente, banda larga rápida (acima dos 10Mbps) e elevada conectividade, incluindo e-mail para alunos e professores, rede de área local (LAN) e ambiente virtual de aprendizagem.

O relatório recomenda um maior investimento na formação de professores – por exemplo, através dos MOOC (Massive Open Online Courses), bem como a criação de postos de coordenador de TIC. Ao nível da UE, o relatório insta a Comissão a trabalhar para “reduzir as divergências no ensino das TIC entre países, apoiar projectos com novas abordagens para o ensino através de tecnologias digitais, apoiar recursos digitais de aprendizagem de alta qualidade para os professores e acompanhar regularmente os progressos no uso das tecnologias digitais e das competências digitais”.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado