Seis reguladores europeus de privacidade lançam investigações formais à Google

Relutância da empresa para reconsiderar alterações na sua política de privacidade que introduziu em Março passado levou os reguladores a agir.

Seis autoridades europeias de protecção de dados pessoais vão realizar investigações formais à política de privacidade da Google após a empresa ter repetidamente rejeitado os seus pedidos para reverter alterações feitas a essa política em Março passado, anunciaram esta terça-feira.

As autoridades de protecção de dados na França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Reino Unido resolveram conduzir investigações ou inspecções à política de privacidade da Google, depois de uma investigação iniciada pela autoridade francesa de proteção de dados. A natureza precisa das acções vai depender de como a Directiva Europeia para a Protecção de Dados foi transposta para as respectivas legislações nacionais.

Na Alemanha, o comissário de Hamburgo para a privacidade e liberdade da informação disse que vai rever a maneira como a Google processa os dados dos utilizadores. Embora a Google procure ter o consentimento, é impossível aos utilizadores preverem o alcance desse consentimento, referiu o Comissário Johannes Caspar em comunicado.

As análises compiladas pela francesa Comissão Nacional de Informática e Liberdade (CNIL) levantam questões sobre a legalidade do processamento pela Google dos dados pessoais, disse Caspar.

Os seis países vão agora olhar de perto como a Google está a cumprir com a lei. “Se as preocupações de protecção de dados forem confirmadas, medidas de supervisão podem ser tomadas pelos Estados-membros individualmente”, disse ele.

Uma porta-voz da Google ofereceu a mesma resposta que a empresa fez desde o início da investigação da CNIL: “a nossa política de privacidade respeita o direito europeu e permite-nos criar serviços mais simples e mais eficazes. Estamos totalmente envolvidos com as [autoridades de protecção de dados] envolvidas em todo este processo, e vamos continuar a fazê-lo no futuro”.




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