País abaixo da média da União Europeia no Painel de Avaliação da Inovação.
Portugal foi classificado como “inovador moderado” no Painel de Avaliação da Inovação (PAI) europeia, hoje divulgado.
O país é relativamente forte em termos de inovadores mas com fraquezas ao nível dos investimentos empresariais em inovação.
O PAI nota que Portugal teve um elevado crescimento nas co-publicações científicas internacionais ou no investimento em investigação e desenvolvimento (I&D) no sector público, entre os 24 indicadores usados.
O país conta ainda com a maior taxa europeia no ensino secundário mas regista-se um forte declínio nos novos doutoramentos, no investimento de capital de risco e na despesa de inovação não-I&D. O sistema de investigação aberto, excelente e atractivo está acima da média europeia, ficando abaixo no investimento empresarial e nos inovadores.
A Comissão nota em comunicado que “todos os líderes em inovação possuem um sector empresarial com um desempenho muito bom em termos de investimento ligadas à investigação e desenvolvimento (I&D) e aos pedidos de patentes. Também se caracterizam por um sector do ensino superior bastante desenvolvido e por ligações fortes entre a indústria e a ciência”.
O PAI separa os países em quatro categorias:
– líderes em inovação: Suécia, Alemanha, Dinamarca e Finlândia com “resultados muito acima da média da UE”;
– seguidores em inovação: Países Baixos, Luxemburgo, Bélgica, Reino Unido, Áustria, Irlanda, França, Eslovénia, Chipre e Estónia com “desempenhos acima da média”;
– inovadores moderados: a acompanhar Portugal num desempenho abaixo da média está a Itália, Espanha, República Checa, Grécia, Eslováquia, Hungria, Malta e Lituânia;
– inovadores modestos: é o caso da Polónia, Letónia, Roménia e Bulgária.
A Comissão considera em comunicado que, “apesar da persistência da crise económica, o desempenho da UE em matéria de inovação tem melhorado de ano para ano, mas as disparidades entre os Estados-Membros estão a agravar-se”.
Segundo o documento, embora “os países mais inovadores tenham conseguido melhorar ainda mais o seu desempenho, noutros países a falta de progressos é evidente”. Para Máire Geoghegan-Quinn, Comissária da Investigação, Inovação e Ciência, “a inovação deve passar a ocupar o lugar central de todas as agendas políticas dos Estados-Membros. O nosso último relatório sobre o estado da União da Inovação, publicado hoje também, destaca os progressos que alcançámos em 2012 no que respeita a alguns dos pontos fundamentais, como a patente unitária e as novas regras aplicáveis aos fundos de capital de risco, mas temos de ir mais longe para evitar uma inovação dividida na Europa”.