Para especialistas, os profissionais devem ultrapassar o Linkedin. O uso de outras redes sociais pode ser a melhor forma de encontrar um novo emprego.
Esqueça a estratégia de enviar o currículo para centenas de empresas. Também não limite a sua busca por novas oportunidades profissionais a redes sociais profissionais como o Linkedin. Na opinião de Susan Vitale, CMO da iCIMS, os candidatos a emprego são negligentes em excluir outras redes sociais como o Facebook, Twitter, Google+, Quora e Squidoo na procura por emprego. Segundo ela, as empresas mais progressistas estão a ser bem sucedidas em preencher posições usando recursos de outras redes, além do Linkedin.
Eis cinco maneiras de conquistar uma vaga usando outras redes sociais, segundo Vitale.
1. Siga empresas no Facebook
Se há uma empresa na qual deseja trabalhar, certifique-se de “como” essa empresa usa o Facebook, diz Vitale. Quando os novos postos de trabalho são abertos, muitas empresas publicam-nos na sua página do Facebook. E se segue o perfil da empresa no Facebook, estará entre os primeiros a saber da oportunidade.
2. Melhore o SEO do seu perfil no Facebook
Quando o Facebook lançou a busca social Graphic Search, algumas pessoas preocuparam-se com a sua privacidade. A Graphic Search torna mais fácil para os outros encontrarem informações públicas sobre você. Pode ser mau se não entender as suas configurações de privacidade, mas pode ser potencialmente bom se estiver no mercado à procura por um novo emprego.
Por exemplo: uma rápida pesquisa de “Pessoas interessadas em Java que vivem em São Francisco” devovle mais de mil perfis no Facebook.
Com os recrutadores mais voltados para o Facebook para encontrar talentos, é importante que actualize o seu perfil com informações relevantes, afirma Vitale.
Certifique-se de actualizar também os seus dados sobre educação/formação, experiência de trabalho anterior, conjunto de capacidades e línguas que fala.
3. Use as “hashtags” certas no Twitter
“O Twitter não é só para tuítar e partilhar as suas opiniões”, diz Vitale. Muitas vezes, as empresas colocam vagas de empregos no Twitter com “hashtags” para facilitar as buscas.
Comece por pesquisar “hashtags” relacionadas com o seu sector de actividade. E use “hashtags” nos seus tuítes.
Outra vantagem para quem procura emprego no Twitter é encontrar e ligar-se mais facilmente com alguém da empresa que tem vagas em aberto, diz ela.
4. Seja activo no Quora e no Squidoo
O Quora e a comunidade de interesses Squidoo são dois sites onde os recrutadores procuram talentos, diz Vitale. Se você ainda não faz parte dessas comunidades, comece já a investir algum tempo nelas.
“Estes sites são uma óptima maneira de se revelar especialista em determinados assuntos ou tarefas, mostrar o seu talento e revelar os seus interesses”, diz Vitale.
5. Não negligencie o Google+
“Algumas pessoas pensam que o Google+ não vale a pena”, diz Vitale. A integração do Google+ com a ferramenta de busca do Google torna importante que se mantenha um perfil actualizado.
“Quando os recrutadores procuram talentos, vão para o Google em primeiro lugar, pela facilidade de encontrar pessoas, currículos e sites associados”, diz ela.
Mas só isso não basta. Quando procuram emprego, muitos profissionais esquecem as regras mais básicas, cometem erros e caem nas armadilhas mais óbvias.
Evite erros comuns
A seguir, os especialistas listam os principais erros que podem arruinar os planos de quem procura um novo emprego e que precisam de ser evitados pelos profissionais.
1. Pressa no desenvolvimento de perfis profissionais – a falha mais comum que as pessoas cometem quando estão em busca de recolocação profissional é registarem-se em redes sociais para serem lembradas no mercado sem desenvolver uma estratégia para vender uma imagem adequada.
De acordo com a consultora de marketing pessoal Kirsten Dixson, antes de aparecerem no mercado, os candidatos precisam de definir quem são, como desejam ser reconhecidos no longo prazo e como se diferenciam dos concorrentes que têm as mesmas aspirações profissionais.
Para Catherine Kaputa, o marketing pessoal deve ser pensado exactamente como aquele realizado com produtos e serviços antes de serem lançados. “Isso inclui análise de oportunidades e ameaças, definição de objectivos, elaboração de identidade e actuação segundo um cronograma do plano de negócio”, afirma Kirsten.
2. Caracterização sem diferenciação – o propósito de desenvolver uma imagem própria pessoal e profissional é, exactamente, diferenciar-se dos outros. Por isso, é preciso que os gestores saibam como transformar a sua experiência em características marcantes.
“Não adianta caracterizar-se nas redes sociais como um gerador de resultados ou um CIO competente”, comenta Kaputa. Ela lembra que os profissionais devem estar preocupados em não se descreverem exactamente como os outros concorrentes.
3. Comportamento inconsistente – quando o profissional se compromete a cultivar determinada imagem no mercado, deve entender que, no âmbito corporativo, essa passa a ser sua identidade. Para não causar constrangimentos em possíveis contratantes que possam ir ao mercado pedir referências, é essencial que as acções desse candidato sejam 100% coerentes com as palavras escritas nas redes sociais ou blogues.
4. Falta de empenho – redes sociais e blogues são as principais ferramentas para a construção e manutenção de uma rede de “networking”. No entanto, os bons frutos dessa aproximação só são colhidos quando o profissional actualiza os seus perfis regularmente.
5. Confiança exagerada – não é raro encontrar pessoas que usam a Web para se promoverem e tecerem muitos elogios a si mesmos. Essa postura, de acordo com Kaputa, passa uma imagem de arrogância e até de insegurança – as quais afastam os contratantes.
(CIO/IDG Now!)