Perto de 90% dos respondentes de um estudo dizem que o desenvolvimento ágil melhorou a capacidade de as organizações gerirem a mudança de prioridades.
Quando as iniciativas de desenvolvimento ágil de software falham, geralmente é devido problemas das pessoas e da cultura da organização diz um estudo divulgado, esta semana, pelo fornecedor de ferramentas de desenvolvimento VersionOne. Na sua sétima edição o estudo constatou que em dois terços dos casos de insucesso, a causa estava no fracasso em integrar as pessoas certas ou incutir uma cultura de equipa.
Outros factores incluem problemas de comunicação entre as equipas de desenvolvimento e outras áreas do negócio e problemas com o responsável de metodologia de Scrum. Esta é uma metodologia de desenvolvimento ágil e particularmente interactiva, com processos evolutivos ao longo do caminho, em vez de serem pré-determinados.
A pressão externa para acompanhar os processos “em cascata” é referida também como um factor de fracasso. Mas o maior número de inquiridos – 18% – disse que nenhum dos seus projectos falharam totalmente. Citando os benefícios das metodologias, 90 % dos entrevistados disseram que melhorou sua capacidade de gerir a mudança de prioridades.
A visibilidade proporcionada sobre o projecto também foi apresentada como um aspecto positivo. Os principais motivos para a adopção ágil incluem a redução do tempo de colocação no mercado, a facilidade de gerir a mudança de prioridades, e melhor alinhamento entre o negócio e as TI.
O estudo descobriu que as organizações estão a alargar as metodologias além das equipas e projectos individuais: há um crescimento de 15%, em comparação com o ano anterior, no número de entrevistados que trabalham onde há pelo menos cinco projectos “ágeis”. Na mesma linha, o número das organizações com planos para implantar projectos de desenvolvimento ágil aumentou de 59% no ano passado para 83%. Mais de 84% dos projectos dos entrevistados são “ágeis”, enquanto em 2011 eram 80%.
Barreiras para a adopção de metodologias “ágeis” englobam a incapacidade de mudar a cultura de uma organização, seguindo-se resistência geral em mudar e a tentativa de encaixar uma metodologia ágil num enquadramento não ágil. As maiores preocupações sobre metodologia ágil incluem são a falta de planeamento inicial, a perda de controlo por parte dos gestores, e a oposição dos gestores.
As metodologias “ágeis” mais populares entre os entrevistados são a Scrum e variantes, utilizada por 72% dos mesmos. O estudo foi realizado entre 9 de Agosto e 1 de Novembro de 2012, abrangeu 4048 respondentes envolvidos no desenvolvimento de software.