A abertura de lojas físicas pode ser uma boa maneira de mostrar as capacidades dos seus dispositivos, de acordo com alguns especialistas.
Abrir as suas próprias lojas pode ajudar a Google a vender mais dos seus Chromebooks, tablets Nexus e outro hardware, consideram alguns analistas.
A empresa está no processo de construção das suas próprias lojas de retalho, e espera ter as primeiras unidades abertas a tempo do fim deste ano nas principais áreas metropolitanas dos Estados Unidos, de acordo com uma reportagem do 9to5Google, que citou uma fonte anónima “extremamente fiável”.
“A Google sente agora que muitos clientes em potencial precisam de ter experiências ‘hands-on’ com os seus produtos antes de desejar comprá-los”, informou o site.
O Android já é o sistema operativo móvel dominante para smartphones, mas a empresa está a tentar fazer incursões maiores com os seus computadores portáteis, conhecidos como Chromebooks, e os seus tablets Nexus. A empresa também está a desenvolver o Google Glass, um sistema de óculos de realidade aumentada que as pessoas usam na cabeça e lhes dá informações em tempo real. E a Google é agora dona do negócio dos dispositivos da Motorola.
Online, os produtos do Google são actualmente vendidos na sua loja digital Play e pela Amazon e alguns outros retalhistas. Alguns produtos também podem ser comprados em lojas de outras cadeias. Mas ter as suas próprias lojas pode aumentar a consciência do consumidor em torno da sua linha crescente de produtos físicos e, potencialmente, aumentar as vendas, dizem analistas. “Eu não descartaria a hipótese de a Google fazer isso”, disse Ben Bajarin, analista principal da Creative Strategies.
Independentemente de os produtos serem realmente comprados na loja ou não, a estratégia pode ajudar a demonstrar o seu valor, disse ele. Os dispositivos móveis da Google não são oferecidos em lojas físicas como a Best Buy de forma tão eficaz como deveriam ser, disse. “As equipas de vendas das lojas apresentam produtos diferentes em cada semana”, acrescentou.
“A Google não tem tantos produtos quanto a Apple, mas possui o suficiente para justificar uma presença física no retalho”, concordou Greg Sterling, analista sénior da Opus Research. Mesmo que os consumidores não comprem o produto no local, eles podem ter uma melhor ideia sobre o mesmo numa loja física composta por funcionários da Google do que lendo sobre ele online, disse Sterling, especialmente para um produto de ponta como o Glass.
(IDG News Service/IDG Now!)