FCCN pode ter companhia nacional em centro de ciberdefesa europeu

Um comunicado da organização revela a possibilidade de outras entidades portuguesas terem participação na iniciativa, cujas primeiras reuniões se realizaram em Frankfurt, a 12 e 13 de Fevereiro.

“Em função das suas competências na área da segurança informática”, outras entidades portuguesas poderão vir a participar no Centro de Ciberdefesa Avançada, da União Europeia (UE), além da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) – explica um comunicado. Esta é, para já, a única organização do país presente na iniciativa Advanced Cyber Defense Center, cujas primeiras reuniões evoluíram durante os dias 12 e 13 de Fevereiro, em Frankfurt.

Trata-se da primeira iniciativa lançada no âmbito da estratégia de cibersegurança da União Europeia. Nos planos de trabalho do projecto-piloto participaram 28 parceiros de 14 países europeus.  De Espanha, estiveram representadas a Telefónica, o Barcelona Digital Centro Tecnológico, a Inteco, e a ATOS-Espanha. Outros participantes incluem fornecedores de redes, de software, instituições tecnológicas e órgãos governamentais, bancos e autoridades de certificação.

O projecto -piloto tem um orçamento de 16 milhões de euros e um período inicial de desenvolvimento de 30 meses. O seu objectivo principal é montar uma rede para combater botnets.

Nesse âmbito está prevista a disponibilização de uma gama completa de serviços de informação de segurança, incluindo a detecção e reconhecimento de software nocivo para evitar ataques.  No centro do projeto-piloto da União Europeia está a Clearing House, que recebe relatórios dos parceiros do projecto sobre eventos de segurança: campanhas de spam nas suas redes,  roubo de dados, ou ataques de DDoS.

“As partes afectadas, como os utilizadores finais, fornecedores de telemóveis, bancos, fornecedores de soluções de segurança ou hosting providers são então informados sobre os incidentes e recebem apoio através do site central www.botfree.eu, e dos centros nacionais de apoio para remover o malware – responsáveis por oferecer as ferramentas de download necessárias. Além disso, as empresas de pequena e
média dimensão poderão receber apoio se os seus websites forem infectados com malware”, explica um comunicado.

O Advanced Cyber Defence Center compromete-se a identificar sites infectados e a remover os programas de malware. Os fornecedores participantes deverão também detectar anomalias nas suas redes, botnets em cloud computing, e instaladas em redes de comunicação móvel – comunicando-as depois à Clearing House.

“Estamos ansiosos para realizar esta abordagem eficaz para enfrentar botnets na Europa, em conjunto com os nossos fortes parceiros. Com o Advanced Cyber Defence Center podemos desenvolver um serviço de ciber-segurança, além do já existente Anti-Botnet-Advisory Center e da Initiative-S”, afirma o CEO da eco, Harald Summa.

A eco é uma associação da indústria da Internet alemã fundada há mais de 15 anos e que procura representar os interesses da indústria na política e em fóruns internacionais.

(com IDG.es)




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