Os primeiros produtos foram certificados sob a norma CE 2.0. A PT Inovação foi uma das primeiras empresas certificadas.
Os fornecedores de serviços vão ser capazes de lançar serviços de Ethernet mais rapidamente e fazê-los funcionar em outras operadoras mais facilmente com o novo conjunto de normas para equipamentos Ethernet, dizem os apoiantes das especificações.
O Metro Ethernet Forum (MEF) emitiu as certificações dos primeiros produtos sob a norma CE 2.0 (Carrier Ethernet) numa reunião na terça-feira passada. Estavam produtos de 20 fornecedores entre o primeiro lote aprovado. A par da PT Inovação, Accedian, Altera, BTI Systems, Ciena, Cisco, Cyan, FibroLAN, Huawei, Infinera, Juniper Networks, MRV, Omnitron, Overture, Pulsecom, RAD Data Communications, Telco Systems, Tellabs, Transition Networks e Transmode foram as primeiras a anunciar a certificação CE 2.0 na quarta-feira.
O MEF tem certificado as plataformas Ethernet dos operadores para a interoperabilidade há vários anos, principalmente para tornar mais fácil para as empresas comprarem serviços de Ethernet e terem a certeza de que são compatíveis com as suas próprias LANs, de acordo com John Hawkins, conselheiro sénior da fabricante de equipamentos para operadores Ciena. A CE 2.0 leva mais longe essa interoperabilidade, tornando mais fácil a um fornecedor de serviços estender o seu serviço de Ethernet a toda a rede de outra operadora, segundo Hawkins.
A Carrier Ethernet é uma forma da familiar tecnologia LAN, criada para uso em fornecedores de serviços de redes através da adição de recursos em cima do protocolo básico. Pode oferecer quase qualquer incremento de velocidade até 100-Gigabit Ethernet e funcionar sobre fibra, cobre, cabo coaxial e até mesmo Wi-Fi e outros sistemas sem fios.
Para oferecerem Carrier Ethernet como um serviço global, as operadoras têm de ser capazes de assegurar que os prestadores de serviços estrangeiros podem interpretar a qualidade do serviço que definem.
A CE 2.0 oferece maneiras de se definirem classes de serviço e de gestão de redes, bem como mecanismos para distribuir o tráfego Carrier Ethernet de um fornecedor para outro.
Algumas operadoras já conseguem que os seus serviços funcionem em redes de outras, mas isso exigiu negociações e trabalho entre essas operadoras, disse Mark Durrett, director de marketing da Overture. Esta “interconexão liberta o universo para a implantação de serviços ubíquos Ethernet”, segundo ele.
PT Inovação é uma das certificadas
A PT Inovação, do grupo Portugal Telecom, foi uma das entidades a obter a certificação mundial CE 2.0 para os seus equipamentos de rede de telecomunicações.
Segundo a empresa, a “Carrier Ethernet 2.0 é a nova geração destas redes que têm permitido um crescimento dos níveis de serviço que os operadores de telecomunicações têm assegurado, com um crescimento acentuado da largura de banda, especialmente para a otimização do acesso à Cloud e rede móvel 4G, que veio facilitar a adoção de serviços remotos como ensino a distância ou a telemedicina”.
O CE, diz a PT Inovação, “tornou-se na tecnologia de telecomunicações mais bem-sucedida na última década, e estimando-se que, em 2012, foram ativados mais de 1,2 mil milhões de ligações Ethernet (400 milhões fixas e 800 milhões móveis), para um mercado global avaliado em 48 mil milhões de dólares para o ano de 2015”.
Agora, com a “exigente certificação”, a empresa “garante aos seus clientes utilizadores desta tecnologia uma oferta de serviços de rede Ethernet de última geração, com múltiplas classes de serviço e facilidade de gestão e de interoperação com outros operadores”.
Segundo a mesma, a PT e a sua participada brasileira Oi, “entre outros operadores internacionais, estão já a apetrechar as suas redes com esta tecnologia da PT Inovação, que se traduz numa oferta de serviços empresariais e pessoais diferenciadora e à prova de futuro, suportada na rede de fibra ótica de última geração”.