MIT demonstra novo estado magnético

A descoberta pode auxiliar o desenvolvimento da computação quântica, e de novas tecnologias. Apesar do potencial este vai demorar anos a concretizar.

Investigadores do MIT e outras instituições demonstraram um novo tipo de magnetismo, o terceiro alguma vez descoberto, o qual poderá ser útil para tecnologias de comunicação, computação e armazenamento. Usando um minúsculo cristal de um mineral raro que levou 10 meses a fazer, os investigadores, demonstraram pela primeira vez um estado magnético denominado Quantum State Liquid (QSL), de acordo com o professor de física do MIT, Young Lee.

Este é o principal autor de um artigo sobre a descoberta, a ser publicado na revista Nature ainda esta semana. Vários teóricos levantaram a hipótese de a QSL poder existir, mas isso nunca tinha sido demonstrado antes.

A equipa não teve as Ti em mente quando  realizou o seu trabalho, mas ao estudar como funciona a QSL, detectaram um fenómeno chamado “long-range entanglement” – capaz  de abrir novas perspectivas para novos tipos de computação, armazenamento ou rede. Um material com QSL também pode ser transformado num material condutor para, a distribuição eficiente de electricidade, acrescenta Lee.

No cristal que os pesquisadores do MIT estudaram, cada partícula muda constantemente e instantaneamente o momento magnético da outra. Nunca se alinham com os seus vizinhos ou se anulam, para formarem padrões.
Esse efeito pode auxiliar o desenvolvimento de computação quântica, que usa uma “qubit”, unidade baseada no estado quântico de uma partícula atómica, para representar cada bit de informação. Impurezas no material em torno de uma partícula “qubit” podem causar alterações no estado quântico inesperadamente, expolica Lee.

“Há questões que precisam de ser melhoradas, para se  ter um estado quântico que perdure sem decair . E este novo tipo de estado, com QSL, é muito robusto, face a essa questão “, afirma Lee.




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