As capacidades dos drones têm impressionado organizações defensoras das liberdades civis. Os dispositivos são equipados para desenvolver acções de vigilância quase constantes, incluindo câmaras, sensores de calor e radares.
A Electronic Frontier Foundation (EFF) forneceu evidências sobre a forma como estão a ser usados drones em acções de vigilância nos Estados Unidos, desenvolvidas não só por autoridades federais como também por entidades locais. Foram divulgadas milhares de páginas de registos de licença de drones, juntamente com um mapa onde estão indicados as zonas de incidência dos voos.
Os documentos são o resultado não só de uma solicitação oficial de informação – Freedom of Information Act (FOIA) –, em Abril de 2011 para a Federal Aviation Administration (FAA); como também de uma acção judicial, em Janeiro de 2012, contra o Departamento de Transportes.
As informações recolhidas que as capacidades de vigilância do governo vão muito além da monitorização da Internet e da omnipresença de câmaras nos cruzamentos, praças e outros locais públicos.
As capacidades dos drones têm impressionado e perturbado os defensores das liberdades civis. Segundo a queixa apresentada, são equipados com dispositivos capazes de desenvolver acções de “vigilância altamente sofisticadas e quase constantes, incluindo câmaras de vídeo, câmaras de infra-vermelhos, sensores de calor e radares.”
Os seu tamanho vai desde o tamanho de uma aeronave convencional até a dimensão de um beija-flor. A queixa cita uma descrição do A160 Hummingbird Drone-Copter, um drone do exército dos EUA Colibri Drone-Copter que inclui “câmaras de super-alta resolução capazes de monitorizar pessoas e veículos a partir de altitudes acima de 20 mil pés, … até 65 alvos simultaneamente, e ver alvos a mais de 40 quilómetros.”
Outro dispositivo “revelado este ano pode quebrar a segurança de redes Wi-Fi, interceptar mensagens de texto e conversas de telemóveis – sem o conhecimento ou ajuda de qualquer operador de comunicação ou o cliente”, diz a queixa.