Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo obtém financiamento

O projecto vai receber um montante de 3,6 milhões de euros para a sua primeira fase.

No âmbito da assinatura dos contratos de financiamento do Sistema Científico e Tecnológico Nacional (SCTN), a Autoridade de Gestão do InAlentejo aprovou o Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo (PCTA). Com a presença do Secretario de Estado Adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, Almeida Henriques, a Autoridade de Gestão do InAlentejo assinou esta manhã 26 contratos de financiamento no âmbito do Sistema Científico e Tecnológico Nacional, na Universidade de Évora.

Os contratos correspondem a um montante total de cerca de 21 milhões de euros e uma comparticipação financeira comunitária do FEDER no montante de cerca de 15 milhões de euros.

Há muito ambicionado pelas entidades e parceiros da região, o Alentejo vê agora concretizada no referido acto de assinatura, a aprovação do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, no montante de 3,6 milhões de euros para a sua 1ª fase.

O valor total de investimento em capital fixo é de 5.726.167,48 euros através de uma candidatura ao InAlentejo no âmbito do QREN. Contudo, e de acordo com um comunicado, face à necessidade de se reajustar as operações alvo do actual concurso, por forma a viabilizar a reafectação de verbas ao conjunto de projectos que integram o SRTT, conforme indicação do InAlentejo, a entidade gestora do PCTA teve necessidade de reformular o seu projecto.

A administração dividiu a implantação em duas fases:

– a primeira apresenta as componentes de despesa que viabilizarão o mínimo necessário ao arranque da actividade do Parque. O projecto apresenta nesta fase inicial (1ª fase) o valor de 3.627.175,25 euros. “Neste contexto a reprogramação da implementação resultou na concretização dos seguintes investimentos na 1ª fase: Infraestruturas do PCTA, Edifício Central (A3) 3.900,00 m2 e a incubadora de empresas de base tecnológica (A1) da responsabilidade da Câmara Municipal de Évora”, explica um comunicado.

– segunda  fase de investimento engloba o restante programa que necessita igualmente de apoio, mediante a formalização de uma candidatura “previsivelmente após 2013”.

O PCTA será o rosto da transferência tecnológica e da rede de ciência e tecnologia da Região do Alentejo, acrescenta o comunicado.
Deverá funcionar como um centro habitacional em torno do qual actuam e se desenvolvem as infra-estruturas tecnológicas, industriais e científicas existentes da região. Será a a infra-estrutura pivot do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia (SRTT) e um elemento chave na interface com as restantes entidades da Rede de Ciência e Tecnologia do Alentejo (RCTA).

Universidade de Évora é accionista principal

Situado no concelho de Évora, a empresa gestora PCTA, S.A tem no total nove accionistas sendo a Universidade de Évora o accionista principal. A entidade iniciou a actividade em Janeiro de 2012 com o objectivo de criar e desenvolver o PCTA.

“O PCTA pretende ser uma infra-estrutura de excelência e inovadora que irá actuar como elemento aglutinador, ambicionando ser, por um lado, uma infra-estrutura regional única, agregadora de todo o conhecimento de base científico e tecnológico existente na região Alentejo, e, por outro lado, mobilizadora, ao proporcionar um ambiente institucional propício à transferência de conhecimento, à inovação competitiva do tecido produtivo, à promoção do que de melhor se faz na região junto da economia global, à atracção de investimento qualificante, visando a afirmação da região, no contexto nacional e internacional, através de uma estratégia conjunta em prol do desenvolvimento sustentado do Alentejo”, explica um comunicado.

Não obstante os objectivos de interligação com estruturas nacionais já existentes, em termos de mercado, “o PCTA assumirá uma forte expectativa com o mercado externo”.  O objectivo é constituir-se como uma “alavanca para a internacionalização das entidades e parcerias sediadas no seu espaço, a partir das redes de ligações europeias e internacionais em que pretende estar inserido”.

Enquanto centro de competências críticas para o desenvolvimento de acções inovadoras do tecido económico e da competitividade, o PCTA vai ter como áreas de especialização:

– energia e mobilidade;
– mecatrónica;
– tecnologias de informação e comunicação (TIC);
– tecnologias agro-alimentar,
– materiais;
– biotecnologia;
– ambiente/sustentabilidade,

Espaço de transferência de tecnologia com software de simulação

Enquanto espaço privilegiado de dinamização e promoção da transferência tecnológica, o PCTA vai dispor de:

– Uma rede de partilha avançada de banda larga, que viabilizará a troca de informação interna entre ele e as várias infra-estruturas da RCTA, de forma instantânea, segura e confidencial entre os seus membros;

– Software de simulação e previsão que serão utilizados em estreita ligação com as diferentes empresas e entidades presentes no Parque.

Centro habitacional como ligações a redes internacionais

Enquanto centro habitacional centrará a sua competitividade na:

– oferta de um parque de ciência e tecnologia na região do Alentejo;
– aposta numa estrutura polinuclear com presença física em todas as sub-regiões do Alentejo;
– articulação e criação de complementaridades com outras infra-estruturas de incubação já existentes no Alentejo ou a concretizar no território;
– Oferta de um conjunto de valências ao nível dos sistemas de inteligência criativa e promoção da atractividade económica, investimento, inovação e empreendedorismo regionais;
– Promoção conjunta das infra-estruturas do SRTT;
– Constituição de uma rede e capilaridade de conexões a redes nacionais e internacionais de cooperação entre entidades congéneres;

Área com estrutura de quatro edifícios

O PCTA vai ter uma área total de 25.312,72 m2, integrando as seguintes infraestruturas:
Edifício A – Serviços Centrais, cuja área de implantação é de 4.606,50 m2, que inclui a incubadora de empresas de base tecnológica da Câmara Municipal de Évora e o Centro IDEA da ADRAL;
Edifício C – espaço para instalação de empresas, cuja área de implantação é de 1.490 m2, a construir em 2014;
Edifício D – instalação de laboratórios da Universidade de Évora, e o IPES (Instituto Português de Energia Solar), cuja área de implantação é de 2.267,50 m2;
Edifício B – instalações a construir numa fase posterior, cuja área de implantação é de cerca de 1.500,00 m2;
Área total projectada para arruamentos e passeios de 5.978,21 m2.




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