DRI avança para mercado americano

A empresa inaugura esta quarta-feira o seu escritório em Nova Iorque e, até final de 2013, conta aumentar a sua estrutura de recursos humanos de 40 para 80 pessoas, à escala global.

A DRI abre esta quarta-feira o seu escritório em Nova Iorque. Numa entrevista para o Computerworld, o CEO da empresa, Diogo Rebelo, revela que pretende duplicar a estrutura de recursos humanos da organização para 80 colaboradores até final de 2013. Em 2012, a empresa deverá facturar entre “3,5 a 4 milhões de euros”, 75%  dos quais no mercado internacional – de acordo com estimativas do responsável.  Em 2011, o volume de negócios atingiu os 1,3 milhões de euros.

Computerworld – Como é que a abertura do escritório em Nova Iorque serve a vossa estratégia?
Diogo Rebelo – A abertura de uma sucursal em Nova Iorque serve o propósito de iniciarmos a nossa expansão para os mercados americanos. Ao contrário do que seria de esperar, a nossa expansão para estes continentes não passa inicialmente pelo Brasil. Há dois motivos principais que levaram a escolher os Estados Unidos como alvo para a expansão da DRI nesta altura.

O primeiro está relacionado com a oportunidade de poder englobar o nosso sócio local Mitch Lieberman, um nome muito relevante na indústria de CRM a nível dos Estados Unidos e globalmente.

O outro motivo está relacionado com o potencial e valor que este mercado representa. Na agenda está a abertura de escritórios na Europa Central, no Reino Unido e no Brasil como próximos objectivos. As operações devem estar concluídas nos próximos dois anos.

CW – Que balanço podem fazer já das vossas operações nos mercados nórdicos?
DR – O balanço é extremamente positivo. Ao segundo mês, a operação era já “cash flow positive”, e será rentável no final do seu primeiro exercício. Não podíamos esperar melhor.

CW – Quantos recursos humanos têm e quantos pretendem contratar? Quantos serão contratados para o centro de desenvolvimento?
DR – Actualmente em termos globais, a DRI tem cerca de 40 pessoas. Estamos num processo muito activo de contratação. Irão entrar, apenas em Portugal, cerca de 10 pessoas nos próximos 3 meses. Achamos que até ao final de 2013 seremos 80 a nível global.

CW – Que papel o centro de desenvolvimento deverá desempenhar na vossa estratégia? Como vão diferenciar a vossa oferta, considerando a forte concorrência (sobretudo no preço) existente neste segmento?
DR – O nosso centro de desenvolvimento em Portugal tem a função de suportar o nosso modelo de “nearshoring”, e tentamos que seja feita cá a maior parte do desenvolvimento nos projectos que realizamos globalmente. Localmente, a DRI apenas tem a gestão de projecto, gestão comercial e algum apoio técnico local.

Por um lado, temos soluções open source que são mais económicas; por outro, temos os custos de desenvolvimento que são inferiores aos dos mercados locais onde estamos a operar. Desta forma, as nossas operações externas apresentam níveis de rentabilidade muito interessantes e conseguimos ter uma oferta extremamente competitiva e com a qualidade que a DRI habituou os seus clientes.

CW – Que objectivos pretendem atingir com o negócio de consultoria em processos? Quanto da vossa facturação ou actividade já é relativa a consultoria?
DR – O nosso objectivo é continuar a crescer nesta componente. Este ano irá representar cerca de 20% do nosso negócio.

CW – Quanto facturou a empresa em 2011? E qual deverá ser o volume de negócios da organização em 2012?
DR – Em 2011, a facturação foi de 1,3 milhões de euros apenas em Portugal, pois estávamos a abrir as novas operações e a preparar o crescimento dos próximos anos. Este ano está previsto facturarmos globalmente entre 3,5 a 4 milhões de euros.

CW – Quanto da vossa facturação já é referente aos mercados internacionais?
DR – Em 2011 foi de 54% e em 2012 será de 75%.




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