Contudo está empenhado em evitar a implantação de um sistema de “Big Brother”, segundo o criador da plataforma e arquitecto-chefe na Cloudera, Doug Cutting.
O governo do Reino Unido está em discussões com a Cloudera –um distribuidor de software e serviços baseados em Hadoop para a empresa – para determinar qual a melhor maneira de fazer uso de tecnologias para extrair valor de grandes volumes de dados. O criador do Hadoop e arquitecto-chefe da Cloudera, Doug Cutting, disse que se reuniu com a equipa do departamento “Policy Exchange” do governo britânico no início da semana, para discutir como o país pode usar plataformas para lidar com o fenómeno “Big Data”, sem o governo tornar-se numa entidade “Big Brother “.
“A principal preocupação, na verdade, é como vão implantar a tecnologia – como eles podem fazer isso sem assustar as pessoas tornando-se numa espécie de Big Brother”, revelou. Cutting disse que as empresas como a Google e a eBay têm uma quantidade razoável de conhecimento sobre os seus clientes. Contudo também há uma razão muito clara para conseguirem manter a confiança desses clientes, porque se a perderem estragam os seus negócios.
No sector público, as coisas não são tão claras, disse Cutting. Os governos querem recolher os benefícios de analisar grandes volumes de dados, mas estão preocupados com a possibilidade de causarem um escândalo. “Eles não têm o motivo do lucro para usarem a plataforma, mas sabem que poderão obter eficiências. Estão à procura de eficiências para economizar dinheiro, governar melhor por menos, sem causar um escândalo. Esse é, em poucas palavras, é o problema que estamos a tentar resolver”.
Embora a visão do governo, ao usar ferramentas para analisar grandes volumes e traçar o perfil dos seus cidadãos pode soar como uma grande invasão de privacidade, Cutting considerou que a comunidade de serviços de inteligência é muito restrito por leis que ditam o que ela pode e não pode fazer.”A minha experiência com os serviços de inteligência do governo que esses tipos são muito cuidadosos – muito mais preocupados com a preservação da privacidade de pessoas do que o sector – por não quererem ser alvo de alguma investigação judicial, e eles têm regras claras”, garante.