Estudo mostra que mais de metade dos entrevistados não instalam “app” em smartphones devido à quantidade de dados pessoais que são recolhidos.
Mais de metade dos utilizadores de aplicações móveis recusaram-se a fazer “download” ou excluíram aplicações disponíveis para os seus dispositivos devido a preocupações sobre a recolha de dados pessoais, de acordo com o estudo “Privacy and Data Management on Mobile Devices” divulgado na semana passada pelo Pew Internet e American Life Project.
Segundo o estudo, 54% dos utilizadores de apps móveis nos EUA decidiram não instalar uma aplicação quando descobriram a quantidade de informação pessoal que ela iria recolher. Outros 30% desinstalaram uma aplicação depois de descobrirem quais as informações pessoais que seriam recolhidas.
O estudo pode influenciar a indústria móvel, segundo a co-autora do relatório, Mary Madden, também especialista sénior de investigação no Pew. “Estes dados sugerem que a forma como a informação pessoal é partilhada ou recolhida por uma aplicação influencia a decisão de um utilizador transferir ou não essa app”.
Os telemóveis têm acelerado o ritmo com que os utilizadores recolhem e geram dados e “os dispositivos são agora ricos repositórios de memórias e de conteúdo que narram as suas vidas”, diz o relatório.
Cerca de 17% dos proprietários de telemóveis inquiridos disseram que utilizam mais o seu aparelho para navegação online e 43% transferem aplicações – mais que os 31% registados em 2011 pelo Pew. “Os consumidores estão a acumular aplicações nos seus equipamentos em números recordes”, segundo o relatório. “Ao mesmo tempo que alguns programadores estão silenciosamente a acumular dados pessoais e sigilosos dos seus utilizadores”.
O estudo, realizado com dados de 2.254 adultos norte-americanos entre Março e Abril de 2012, apontou que 32% dos entrevistados limparam o seu histórico do browser e 19% desabilitaram o recurso de geolocalização nos seus telemóveis. Quase um terço disse ter perdido um dispositivo ou foi roubado. 12% disseram que os seus dados no dispositivo móvel foram acedidos por outra pessoa de uma maneira que levantou preocupações com a privacidade.
(IDG News Service/IDG Now!)