Como escolher um datacenter

Como se pode distinguir o “trigo do joio” relativamente à oferta dos centros de dados? Bruno Carlos, director-geral da Flesk Telecom, ajuda a perceber o que se deve ter em conta antes dessa escolha.

Um datacenter (centro de dados) é algo que, até há bem pouco tempo, apenas as grandes empresas possuíam. Bancos, seguradoras, grandes grupos de retalho, operadores de telecomunicações, utilities – empresas com muitos e muitos milhares (até milhões) de clientes e com centenas ou milhares de funcionários. Este era o perfil de uma empresa com o seu próprio datacenter, uma vez que as suas necessidades internas de TI a isso obrigavam.
Contudo, ao longo dos últimos 15 anos, muita coisa mudou. A Internet, claro, mas também as infraestruturas de telecomunicações, oferecendo sempre maior capacidade e menores preços, acabaram por dar origem a um novo mercado. Hoje, devido às características dos seus negócios, muitas empresas continuam a ter necessidade de criar e manter os seus próprios datacenters.
Também milhares de outras empresas, que até agora não podiam aceder a infraestruturas complexas de TI por incapacidade de meios materiais e/ou humanos, podem agora contratar serviços de datacenter. E mesmo grandes empresas podem externalizar alguns serviços para datacenters de terceiros, libertando capacidade interna, ganhando flexibilidade e reduzindo custos.
Uma rápida pesquisa pela Web permite descobrir uma imensidão de empresas que oferecem um leque de serviços alargado a partir dos seus datacenters. Quando hoje falamos em “serviços na cloud” estamos sempre a falar em serviços prestados em datacenters: desde o simples alojamento de websites e à cópia de segurança de dados, aos serviços de email, hosting de aplicações, housing de servidores, tudo é suportado em datacenters que qualquer empresa não precisa de possuir: basta contratar os serviços de quem os tenha.
Contudo, nem todos os datacenters são iguais. E a escolha de um datacenter é bem mais importante para uma empresa do que a contratação de qualquer outro tipo de serviços. Porquê? Porque são os dados da empresa que estão em causa – dados contabilísticos, dados dos clientes, emails, backups, servidores alojados no datacenter… Num mundo digital, é toda a vida da empresa que está em jogo.
Como se pode distinguir o “trigo do joio” no que diz respeito a datacenters? Um dos fatores que é importante distinguir desde logo é que muitas das empresas que em Portugal – mas não só em Portugal – fornecem serviços de datacenter, não possuem na realidade um datacenter próprio: limitam-se a alugar espaço noutros datacenters ou carrier houses.
E se isto pode trazer vantagens em termos de custos, embora nem sequer isso seja sempre verdade, o que representa na prática é que a empresa a quem foi contratado o serviço (e que, sem que isso seja transparente para o seu cliente, por sua vez subcontratou a terceiros), na maior parte dos casos não possui qualquer pessoal afeto às instalações do datacenter. Resultado, as intervenções técnicas são efetuadas remotamente, quando tal é possível, ou, quando não é, com deslocações físicas ao datacenter propriamente dito – o que não só pode não ser possível como, sendo possível, poderá não o ser em tempo útil para resolver o problema ao cliente.
Claro que saber onde está o datacenter em que os seus dados são armazenados e qual o nível de serviço que lhe será prestado é apenas o início, porque há outros fatores que deverá ter em consideração.
Em termos simplistas, há três áreas que devem estar no topo das preocupações de qualquer empresa interessada em subcontratar total ou parcialmente serviços de datacenter:
1. Antes de tudo, deve verificar se está efetivamente a contratar um serviço com um datacenter e não com um revendedor de um revendedor, para evitar cair na teia do “suporte em pirâmide”;
2. O acesso ao datacenter, quer físico quer remoto (telefone, email, chat, etc…) é igualmente importante, pois quem contrata o serviço não deve esquecer que são os seus dados que estão em jogo.
3. Finalmente, é importante determinar à partida quais as capacidades técnicas do fornecedor, quer a nível de técnicos e suporte, mas também de conectividade, redundância e capacidade de recuperação em caso de problemas.
E, claro, deverá sempre exigir um contrato onde o fornecedor colocará por escrito os termos e os níveis de serviço garantidos.



  1. Bom dia.
    Excelente artigo, um retrato fiel ao EXCELENTE SERVIÇO que a Flesk Telecom oferece. Agarrando nas palavras do Bruno e também em tom de conselho para que está a escolher um Datacenter, no meu ponto de vista, o factor mais importante a ter em conta nas escolha é saber onde é que os dados estão realmente armazenados. Depois sim, o serviço, o Know-How Técnico e, claro está, o preço serão os outros factores considerar.

  2. Somos clientes da Flesk e posso comprovar que têm excelentes conhecimentos e uma equipa sempre pronta a ajudar. Gostaria de agradecer pessoalmente ao Bruno pois está sempre disponivel para ajudar.

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