A empresa de aplicações espera aumentar o crescimento de 3% para 6% nos próximos três anos.
A Sage, empresa de aplicações sediada no Reino Unido, planeia duplicar a sua taxa de crescimento de 3% nos últimos 10 anos para 6% ao longo dos próximos três anos, investindo em produtos de “alto potencial”, nomeadamente na nuvem e mobilidade.
Angela Eager, directora de pesquisa na TechMarketView, participou ontem num briefing com analistas, organizado pela Sage em Newcastle (Reino Unido), onde esta disse que iria realocar recursos de produtos com “baixo potencial de crescimento”.
O CEO da Sage, Guy Berruyer, disse que realizou uma revisão forense do negócio, do seu mercado e do seu portefólio, algo que a empresa não tinha feito antes, a fim de se habilitar para tomar “decisões difíceis” e colocar-se numa posição para garantir as metas de crescimento.
A Sage pretende classificar os seus produtos em três grupos: pôr do sol (“sunset” ou aqueles com baixo potencial de crescimento), colheita (“harvest”, com potencial médio) e investir (“invest”, aqueles com elevado potencial) – e irá alocar os seus recursos em conformidade.
De acordo com Eager, a Sage tem cerca de 270 produtos, e embora não esteja activamente a planear vender ou descontinuar a categoria “sunset”, ela prevê que alguns serão atirados “em direcção à porta”.
O SageOne, ferramenta na nuvem de serviços de contabilidade e negócios, terá como objectivo proporcionar o crescimento da empresa ao nível de entrada, com aplicações construídas sobre a plataforma Azure da Microsoft, como o Sage 200, para impulsionar o crescimento das PME, enquanto o Sage ERP X3 é posicionado para o mercado de negócios das médias empresas.
Eager acredita que as ofertas SageOne e Azure vão proporcionar crescimento mas “é mais difícil de ver o ERP X3 ‘on premise’ a mudar”.
No entanto, ela também acha que a Sage “despertou para o potencial inerente” de novas tecnologias no mercado das aplicações de software, como a nuvem e a mobilidade, que “estão em praticamente tudo”.
A Sage tomou a decisão de, ao invés de desenvolver a sua própria infra-estrutura de nuvem, alinhar-se com a Microsoft e utilizar os seus activos, que a TechMarketView acredita ser uma “decisão pragmática que irá ajudar a acelerar o seu portefólio na nuvem”.
Para Eager, “Berruyer e a sua equipa falaram de decisões difíceis tomadas e de mais que estão para vir em termos de onde alocar os recursos e como gerir a empresa, a necessidade de crescimento e a necessidade de executar”.
“É agora tempo da execução, mas saímos do evento com um sentimento positivo”.