Análise a 105 multinacionais deixa Amazon em último lugar do ramo de tecnologia.
A Apple, a Amazon e a Google estão entre as empresas menos transparentes do mundo, de acordo com um estudo feito a multinacionais realizado pela Transparency International.
A organização estudou 105 das maiores multinacionais do mundo, entre Junho e Outubro de 2011 e analisou os programas de combate à corrupção e subornos apontados em relatórios sobre os resultados financeiros e pagamentos de impostos em cada país. Juntas, as empresas valem mais de 11 mil biliões de dólares e exercem influência sobre a vida das pessoas em mais de 200 países, segundo o estudo.
Essa influência pode ser uma fonte de inovação e prosperidade mas, quando mal utilizada, pode resultar em estagnação económica, pobreza e desigualdade. Empresas transparentes são mais propensas a prevenir uma crise financeira dando aos investidores a chance de tomarem decisões sólidas e a influenciar o comportamento da empresa, diz o relatório, complementando que a transparência reduz a oportunidade do mau uso de dinheiros públicos.
A organização deu à Amazon uma pontuação de 2,8 em 10, colocando-a em 98° lugar – o que a fez alcançar o lugar de empresa tecnológica com menor transparência. A Google ficou na 96ª posição, com 2,9. A Canon recebeu 3 pontos e a Apple 3,2 – deixando-a em 92°.
De acordo com o relatório, outras grandes empresas de tecnologia não são muito diferentes da Google, Apple e Amazon. A Verizon (operadora norte-americana de telecomunicações), por exemplo, obteve 3,3 pontos. A Microsoft e a Cisco conseguiram 3,4, a Oracle 4,1, a IBM 4,2 e a Samsung 4,3. A Qualcomm, a Intel, a AT&T e a Hewlett-Packard também ficaram abaixo de 4 pontos, de acordo com o estudo.
A primeira empresa que fica acima dos 5 pontos foi a SAP (com 5,8), seguida pela alemã Deutsche Telekom (6), Telefónica (6,2) e Siemens (6,3). As duas maiores pontuações na tecnologia foram para a Vodafone (6,4) e a France Télécom (6,6), a qual ficou em 10° lugar no “ranking”.
Em geral, as empresas estão a tornar-se mais transparentes. Dois terços das 105 empresas falam sobre os seus programas de prevenção à corrupção – eram menos de metade em 2009, a última vez que a Transparency Internacional analisou o nível de transparência corporativa. E a grande maioria das empresas tem códigos de conduta e oferecem formação para todos os funcionários, diz o relatório.
As empresas de tecnologia não são as piores na transparência. O pior desempenho ainda pertence ao sector financeiro, com as empresas a obterem a menor pontuação situadas na Europa, Ásia e América – todas do sector bancário.
As empresas do ramo das minas, petróleo e gás são quem divulga o máximo de informações e foram elas que alcançaram seis das 10 melhores posições no ranking. A norueguesa Statoil lidera como empresa mais transparente.
(IDG News Service/IDG Now!)