Consumidores não acreditam na segurança dos dados

Apenas 12% dos 4.000 inquiridos em três países europeus acredita que as organizações fazem o suficiente para proteger os seus dados pessoais.

Os consumidores na Alemanha, França e Reino Unido “têm uma clara falta de confiança no que diz respeito à protecção de dados, destacando o potencial impacto negativo da notificação obrigatória de violações, proposto pela Comissão Europeia (CE), no âmbito das sugestões de reforma da legislação, e que reforça ainda mais a necessidade das organizações garantirem que possuem medidas de prevenção correctivas”, revela um estudo da Canon Europa, encomendado à ICM, e que envolveu mais de 4000 inquéritos em Abril passado naqueles três países.
Segundo a empresa de soluções de imagem, em comunicado, “apenas 12% dos consumidores acredita que as organizações estão a fazer o suficiente para proteger os seus dados pessoais”, isto quando “76% dos consumidores muito possivelmente desistiriam de uma transacção ou de um fornecedor de serviço se daí resultasse algum tipo de fuga dos seus dados pessoais, sendo que a maior preocupação está relacionada com a informação de cartões de crédito ou de dados bancários (48%)”.
Mas, salienta o trabalho, os consumidores continuam a dar mais atenção (64%) ao custo dos bens ou serviços do que aos procedimentos de segurança de dados pessoais (30%) nas organizações, enquanto apenas 19% lê a informação de segurança fornecida, 36% lê os pontos mais importantes e 13% não lê nada.
“Se as reformas planeadas pela UE forem em frente, e for aplicada a notificação obrigatória da violação de segurança, podemos vir a constatar um aumento nos relatos de violações de dados, havendo assim o risco dos consumidores passarem a tornar-se indiferentes ao que possa constituir efectivamente uma violação grave”, aponta Quentyn Taylor, director de segurança da informação da Canon Europa. “Com efeito, o número de situações de violações de segurança pode causar ´fadiga de divulgação`, situação que é tão grave como se nenhuma divulgação fosse feita. A responsabilidade recai sobre as organizações, pois elas devem realizar uma avaliação de riscos para detectar possíveis vulnerabilidades e assim garantir que as medidas mais adequadas de prevenção estão em funcionamento”.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado