O volume de negócios cresceu perto de 17% e em 2012 a empresa vai analisar as possibilidades de crescer de forma não orgânica. Em 2011, o outsourcing foi a actividade com maior peso na facturação: 73%.
A Mainroad encerrou o ano fiscal de 2011 com um volume de negócios de 16,26 milhões de euros, registando um crescimento de 17% relativamente ao exercício de 2010 – período no qual facturou cerca de 14 milhões de euros.
“Este ano vamos analisar oportunidades de crescimento mais acelerado, de forma orgânica e não orgânica, o que passa não só pelo acréscimo da nossa eficiência operacional e financeira mas também pela continuidade da aposta em parcerias exclusivas, na internacionalização e potenciais aquisições relevantes” revela o director-geral da empresa, Nuno Homem.
Para 2012, a Mainroad apresenta como o objectivo continuar a crescer através do alargamento da sua oferta, com destaque para as soluções de cloud computing. Pretende também reforçar e consolidar o conhecimento interno, as infra-estruturas de suporte ao negócio. O processo de internacionalização, iniciado há três anos no mercado espanhol, é para prosseguir, de acordo com um comunicado.
Outsourcing em crescimento
A grande fatia do negócio da empresa, perto de 73%, resultou da operação de serviços de outsourcing de TI. Esta actividade “cresceu face ao ano anterior e reflectiu a maior procura do mercado pela externalização dos serviços de TI”, diz um comunicado da organização.
“Por outro lado, o negócio de centro de dados manteve um peso de 17% no volume de negócios global, incluindo já alguns negócios na área de cloud computing”, avança o mesmo documento. De acordo com a empresa, as áreas de “IT Service Management” e “IT Security” tiveram menor expressão em 2011: apenas 10% do volume de negócios global.
Na visão da Mainroad isso “demonstra a procura inferior do mercado por projectos e soluções nestas áreas”. “O ano de 2011 foi um ano difícil para o sector das TI, com os estudos mais recentes a apontarem para variações negativas no crescimento do sector. Continuámos a investir tanto nas nossas infra-estruturas e oferta, como na nossa internacionalização em Espanha”, afirma Nuno Homem.
Essa aposta no mercado vizinho permitiu “aumentar a carteira de clientes e de grandes projectos”, suportando “um crescimento em contra-ciclo com o mercado”, explica o executivo.
De acordo com o comunicado, o investimento da empresa manteve-se no patamar anual dos 500 mil euros. Destinou-se essencialmente, à actualização das infra-estruturas dos dois centros (na qual se incluiu a optimização energética).
A equipa da Mainroad apresentou um crescimento de 10% nos últimos cinco anos, revela a empresa. Na base desse incrementa esteve “o incremento no volume de negócios e a angariação de alguns contratos de outsourcing de maior dimensão, além da preocupação com a gestão mais próxima dos nossos clientes”.
O EBITDA da empresa apresentou também uma evolução positiva face a 2010, segundo a empresa, atingindo 1,7 milhões de euros com um crescimento de 24% face ao ano anterior.