ZTE e Huawei forneceram a tecnologia de suporte à primeira rede LTE em África.
O operador angolano de comunicações móveis Movicel lançou uma rede comercial de LTE, a primeira do continente africano. A rede LTE foi montada com equipamentos de telecomunicações da ZTE e da Huawei, sendo projectada para suportar uma velocidade de acesso de 120M bps à Internet.
Na África do Sul, o maiort operador africano, a MTN, está ainda a gerir um projecto piloto de LTE: Angola é assim o primeiro país africano a ter uma rede com aquela tecnologia. Como parte do projecto, a ZTE também irá fornecer equipamentos LTE para mercados chave em todo o país.
Angola é segundo maior fornecedor de crude (depois da Arábia Saudita) para a China. E é o seu maior parceiro comercial em África.
O trabalho da China com país lusófono para lançar a primeira rede LTE na região é um sinal de como o país asiático está a ajudar os países africanos a desenvolverem o sector das telecomunicações em troca de recursos naturais. Outro benefício que obtém é domínio das empresas chinesas sobre o mercado africano móvel.
Na Zâmbia, Zimbabwe e Botswana, a China já gastou milhões de dólares para desenvolver infra-estrutura de comunicações em troca de licenças para explorar indústrias extractivas e de construção. “A China tem penetrado sector de telecomunicações africano combinando dinheiro e tecnologia”, disse Edith Mwale, analista para o sector das telecomunicações, no Africa Center for ICT Development.
Como em muitos outros países da África, está previsto que a ZTE comece a comercializar smartphones no mercado angolano: o objectivo é equipar o maior número possível de pessoas com a capacidade de usarem serviços de dados além do de voz.
A Movicel planeia expandir a cobertura LTE para todas as grandes cidades do país, de acordo com o CEO da empresa Yon Moreira da Silva Júnior.