A Google foi elogiada por tentar resistir aos esforços chineses de censurar a Internet, enquanto a Vodafone foi criticada por ter obedecido ao regime de Hosni Mubarak, desligando os seus serviços no Egipto.
O Parlamento Europeu apelou ao estabelecimento de novas regras de controlo de medidas de censura na Internet, postas em prática por regimes autocráticos. A moção teve aprovação esmagadora com 580 votos a favor, 28 contra e 74 abstenções.
Um estudo realizado pela iniciativa OpenNet revelou recentemente que a censura política é generalizada em sete países – nesse conjunto estão incluídos a China, a Síria e a Birmânia – e está também difundida em muitos outros.
O membro britânico do Parlamento Europeu, Richard Howitt, lembrou que as novas tecnologias têm implicações enormes para os direitos humanos. E afirma a necessidade de a União Europeia ter uma política coerente sobre o assunto.
“Há uma corrida entre os que utilizam os novos meios com o propósitos de liberdade, e quem os usa para fins repressivos”, considerou. A resolução prevê que a Comissão Europeia, até 2013, avance com novas regras para melhorar a monitorização sobre exportações de tecnologia passíveis de serem usadas em medidas de censura: para bloqueio de sites e ou rastreio de comunicações móveis.
Também exige às empresas, maior responsabilidade cujos clientes são regimes despóticos. Howitt condenou a decisão da Vodafone em suspender os seus serviços no Egipto, a pedido do regime de Hosni Mubarak, semanas antes da revolução no país.
E destacou a Google pelo seu esforço em resistir à censura na China.