Encomendas de PCs devem alcançar 368 milhões de unidades este ano – 4,4% a mais do que em 2011 – e 400 milhões em 2013, afirma a analista Gartner.
As encomendas globais de PCs devem alcançar 368 milhões de unidades este ano, um aumento de 4,4% em relação a 2011, de acordo com um estudo da Gartner divulgado na semana passada. Todavia, esse número deve aumentar e chegar a 400 milhões de computadores em 2013.
“As remessas de PCs continuarão fracas em 2012, mas devem recuperar terreno em 2013”, afirmou Ranjit Atwal, director de estudos da Gartner. “Tudo dependerá se o Windows 8 ou mesmo os ultrabooks serão capazes de criar uma oferta competitiva que anime os consumidores a continuarem a adquirir novos PCs”.
O mercado de PCs tem-se mostrado lento nos últimos trimestres. No início do semestre passado, a IHS iSuppli informou que o mercado cresceu apenas 5,5% no terceiro trimestre de 2011. Analistas da indústria fazem questão de apontar o aumento exponencial do mercado de tablets, com destaque especial para o iPad, como um dos factores determinantes.
Os tablets não possuem o software necessário para realizar muitas tarefas relacionadas ao ambiente de trabalho, e o tamanho reduzido juntamente com a falta de um teclado tradicional fazem com que não possa substituir completamente um laptop ou um desktop. No entanto, quando as pessoas decidem como vão gastar o dinheiro, geralmente desfazem-se dos seus computadores antigos e decidem investir num tablet. E quando esses utilizadores decidem comprar uma máquina nova, os donos dos iPad compram computadores da Apple, em vez de PCs da HP, Dell ou Lenovo.
“O uso de aplicações como e-mail, redes sociais e acesso à Internet, que tradicionalmente faziam parte apenas dos computadores, agora estão a ser utilizados em smartphones e tablets, tornando esses dispositivos, nalguns casos, mais atraentes e de maior valor”, explicou Atwal. “Os consumidores agora vão olhar para uma tarefa que precisa ser feita e vão determinar que aparelho será usado, considerando eficiência e conveniência. O dispositivo precisa de se adaptar às necessidades do utilizador, e não o contrário”.
Atwal comentou também que os ultrabooks da Intel que chegarão ao mercado este ano podem atrair algum interesse para o mercado de PCs. Todavia, também estarão competindo pelo interesse do mercado corporativo e do consumidor final. “Os PCs vão enfrentar uma competição maior à medida que mais tablets baseados em sistemas operativos Android e Microsoft cheguem ao mercado”, comentou.
Ainda segundo a Gartner, “os mercados emergentes serão a chave para impulsionar o crescimento mundial de PCs, a curto e longo prazo”. Razão pela qual a sua participação no mercado global de PCs deve saltar de pouco mais de 50 em 2011 para quase 70% em 2016, segundo Atwal.
(Computerworld/IDG Now!)