“BI em tempo real é um imperativo?”

Para Alexandre Mendes, da Caixa Geral de Depósitos, a resposta à pergunta é que “por vezes não é”. O responsável explica em vários pontos os principais desafios das iniciativas de Business Intelligence na banca.

O BI na altura certa, ou “right-time BI”, é muito mais importante do que o BI em tempo real, segundo a visão de Alexandre Mendes, membro da direcção de planeamento e controlo da Caixa Geral de Depósitos. Por isso pergunta: “BI em tempo real é um imperativo?” Muitas vezes não é, considerou num evento da Reditus.
Para o responsável, será mais vantajoso as empresas focarem-se por vezes em perceber que conjunto restrito de informação será mais importante facultar. Além disso, torna-se pertinente definir “a periodicidade com a qual é feita” e a “segmentação de utilizadores”, potencialmente interessados na informação.
Implantar uma estrutura voltada para a necessidade do “right-time BI” fará uma significativa diferença ou redução no investimento a realizar. “O factor custo/benefício tem de ser gerido de forma muito rigorosa”, alerta o executivo, e recomenda um compromisso claro com o projecto.
Até porque o custo do licenciamento do software “é elevado”. Para Alexandre Mendes, este elemento acaba por ser um dos desafios exógenos dos projectos de BI na banca.
O seu efeito é agravado pelo reforço de parcerias e concretização de fusões, com resultante redução dos benefícios de concorrência. Isso sente-se também nas actualizações necessárias de software. Torna-se importante as empresas perceberem o que podem externalizar.
Além deste factor, Alexandre Mendes assinala a “instabilidade económica” e a “pressão dos mercados” sobre as instituições financeiras como desafios mais gerais.
É muito fácil os projectos de BI resultarem em “elefantes de informação impossíveis de gerir”, se não forem concebidos com um objectivo claro. A desmaterialização das relações com os bancos oferece um forte contributo para esse problema.
A banca já percebeu as capacidades de “multitasking” dos seus clientes e está a apostar num relacionamento diferente com eles, segundo Alexandre Mendes, e torna-se assim importante perceber como as plataformas de BI conseguem traduzir o diálogo entre as duas partes nesses novos canais.
Além disso, “as aplicações têm de estruturar os dados” para  auxiliar os dispositivos de BI.
Marketing relacional é só o princípio
No marketing relacional, os projectos de BI enfrentam o desafio de suportarem não só a recolha de informações mas também a “adequação dos serviços aos vários segmentos de clientes”.  Mas além desse problema,  segundo o responsável, terão de responder cada vez mais à necessidade de obter a reacção dos seus clientes face aos serviços, numa perspectiva de promoverem a migração do enfoque no B2C para o B2B.
Mas mais pertinente do que isso será a sustentação de uma “articulação de canais de acesso ao banco”, capaz de dar uma visão integrada sobre os clientes com base na informação recolhida. Face à conjuntura actual, Alexandre Mendes  considera necessário também que as plataformas de BI nos bancos melhorem o seu desempenho.
Mas remete essas melhorias  para  um trabalho extenso de arquitectura tecnológica a ser desenvolvida com quem gere a informação. “Assim, a função arquitectura englobará a vertente de  infra-estrutura, mas também elementos do negócio e quem gere as aplicações”, diz.
Relacionada com a conjuntura actual está também a necessidade de o desenvolvimento e implantação das plataformas de BI serem rápidos.  “Os objectivos mudam muito rapidamente e isso exige rapidez  de ajustamento”, explica Mendes.
Reduzir investimento “prejudica conhecimento incremental”
Na visão de Alexandre Mendes, as operações de BI “necessitam de ter conhecimento contínuo sobre o negócio”. Esse requisito nem sempre se “compadece com a rotação de executivos” inerente ao outsourcing.
O conhecimento incremental é fundamental para as plataformas de BI. “E se forem bem geridas, auto-alimentam-se”.
Mas sem conhecimento incremental não conseguem organizar, sistematizar e fornecer os indicadores mais importantes, fruto desse acervo de conhecimento.
Por isso considera que deixar de investir em BI é um erro, pois prejudica o conhecimento incremental. Como alternativa, o responsável sugere a reutilização de sistemas já existentes nas empresas. Ou então desenvolver um enfoque em alguns “pilares de BI”: “vale muito a pena concentrar-se na melhoria de desempenho, da qualidade de dados e na integração dos mesmos”, explica. E, ao fim de dois ou três anos , é possível que a organização dê “um importante salto qualitativo”.
O BI está a tornar-se cada vez mais importante para a banca enfrentar os seus principais desafios: liquidez, solvabilidade, eficiência e risco. “Muitas vezes são conflituantes”, e o BI está a servir para afinar o equilíbrio de gestão desses vários elementos.
Evitar  replicação de funções
Alexandre Mendes alerta para vários riscos, sendo um deles a tendência para replicar funções. Outro problema iminente  será a necessidade de ter de refazer trabalho já desenvolvido.
Face à crescente exiguidade de recursos, ganha importância uma definição clara dos requisitos dos projectos, feita pelos vários interessados nos mesmos. Ao mesmo tempo, será importante não esquecer a optimização das ferramentas de BI, para “melhorar a interligação entre as áreas funcionais”.
Por vezes, existe uma fraca interligação com os repositórios de dados e o impacto dos projectos de BI terão sempre de ser acautelados. Não só para evitar sobrecargas como para garantir a qualidade dos modelos de dados e metadados: fundamentais para assegurar a correcta interpretação dos dados e garantir a verdade única.
Assim, especialmente para organizações com estruturas muito dispersas, será útil constituir uma estrutura de governação de BI, além da documentação de processos. Face aos riscos e desafios apresentados, Alexandre Mendes recomenda um “enfoque claro em pequenos passos”.
Sobre a informação a disponibilizar,  ela tem de ser explicativa, caso contrário “é lixo”. Deve ser apresentada “como uma história”.
Talvez mais importante ainda é a definição de uma agenda do projecto de BI com esclarecimento dos objectivos, informação sobre o investimento envolvido, e o compromisso explícito dos mais altos responsáveis hierárquicos da empresa.

“BI em tempo real é um imperativo?”

Para Alexandre Mendes da Caixa Geral de Depósitos a resposta à sua pergunta é que “por vezes não é”. O responsável explica em vários pontos os principais desafios das iniciativas de BI na banca.

O BI na altura certa, ou “right-time BI” é muito mais importante do que o BI em tempo real, segundo a visão de Alexandre Mendes – membro da direcção de planeamento e controlo da Caixa Geral de Depósitos. Por isso pergunta: “BI em tempo real é um imperativo?”. Muitas vezes não é, considerou o executivo, num evento da Reditus.

Para o responsável será mais vantajoso as empresas focarem-se por vezes em perceber que conjunto restrito de informação serámais importante facultar. Além torna-se pertinente definir “a periodicidade com a qual é feita” e a “segmentação de utilizadores”, potencialmente interessados na informação.

Implantar uma estrutura voltada para a necessidade do “right in time BI” fará uma significativa diferença ou redução no e investimento a realizar. “O factor custo/benefíciotem de ser gerido de forma muito rigorosa”, alerta o executivo, e recomenda um compromisso claro com o projecto.

Até porque o custo do licenciamento do software “é elevado”. Para Alexandre Mendes, este elemento acaba por ser um dos desafios exógenos dos porjectos de BI na banca.

O seu efeito é agravado pelo reforço de parcerias e concretização de fusões, com resultanteredução dlos benefícios de concorrência. Isso sente-se também nas actualizações necessárias de software. Torna-se importante as empresas perceberem o que podem externalizar.

Além deste factor, Alexandre Mendes assinala a “instabilidade económica” e a “pressão dos mercados” sobre as instituições financeiras como desafios mais gerais.

Para o mesmo é muito fácil os projectos de B resultarem em “elefantes de informação impossíveis de gerir”, se não forem concebidos com um objectivo claro. A desmaterialização das relações com os bancos oferece um forte contributo para esse problema.

A banca já percebeu as capacidades de multitasking dos seus clientes e está a apostar a um relacionamento diferente com eles, segundo Alexandre Mendes. Para o mesmo responsável “torna-se assim importante perceber como as plataformas de BI conseguem traduzir o diálogo entre as duas partes nesses novos canais.

Além disso, “as aplicações têm de estruturar os dados” para auxilar os dispositivos de BIe ajudar.

Marketing relacional é só o princípio

No marketing relacional, os projectos de BI enfrentam o desafio de suportarem não só a recolha de informações mas também a “adequação dos serviços aos vários segmentos de clientes”.Mas além desse problema,segundo o responsável, terão de responder cada vez mais à necessidade de obter a reacção dos seus clientes face aos serviços: num perspectiva de promoverem a migração do enfoque no B2C para o B2B.

Mas mais pertinente do que isso será a sustentação de uma “articulação de canais de acesso ao banco”, capaz de dar um visão integrada sobre os clientes – com base na informação recolhida. Face à conjuntura actual, Alexandre Mendesconsidera necessário também que as plataformas de BI nos bancos melhorem o seu desempenho.
Mas remete essas melhorias paraum trabalho extenso de arquitectura tecnológica a ser desenvolvida com quem gere a informação. “Assim a função arquitectura englobará a vertente deinfra-estrutura, mas também elementos do negócio e quem gere as aplicações”.

Relacionada com a conjuntura actual está também a necessidade de o desenvolvimento e implantação das plataformas de BI serem rápidos. “Os objectivos mudam muito rapidamente e isso exige rapidezde ajustamento”, explica Mendes.

Reduzir de investimento “prejudica conhecimento incremental”

Na visão de Alexandre Mendes, as operações de BI “necessitam de ter conhecimento contínuo sobre o negócio”. Esse requisito nem sempre se “compadece com a rotação de executivos” inerente ao outsourcing.

O conhecimento incremental é fundamental para as plataformas de BI. “E se forem bem geridas auto-alimentam-se”.

Mas sem conhecimento incremental não conseguem organizar sistematizar e fornecer os indicadores mais importantes, fruto desse acervo de conhecimento.

Por isso considera que deixar de investir em BI é um erro, pois prejudica o conhecimento incremental. Como alternativa, o responsável sugere a reutilização de sistemas já existentes nas empresas.

Ou então desenvolver um enfoque em alguns “pilares de BI”: “Vale muito a pena concentrar-se na melhoria de desempenho, da qualidade de dados e na integração dos mesmos”, explica. Segundo o mesmo, ao fim de dois ou três anos , é possível que a organização dê “um importante salto qualitativo”.

Segundo o responsável, o BI está a tornar-se cada vez mais importante para a banca enfrentar os seus cinco principais desafios: liquidez, solvabilidade, eficiência e risco. “Muitas vezes são conflituantes”, e o BI está a servir para afinar o equilíbrio de gestão desses vários elementos.

Evitarreplicação de funções

Alexandre Mendes alerta para vários riscos, sendo um deles a tendência para replicar funções. Outro problema iminentesera´a necessidade de ter de refazer trablaho já desenvolvido.

Face à crescente exiguidade de recursso ganha importância uma definição clara dos requisitos dos projectos, feita pelos vários interessados nos mesmos. Ao mesmo tempo será importante não esquecer a optimização das ferramentas de BI, para “melhorar a interligação entre as áreas funcionais.

Por vezes existe uma fraca interligação com os repositórios de dados. O impacto dos projectos de BI terão sempre de ser acautelados.

Não só para evitar sibrecargas como para garantir a qualidade dos modelos de dados e metadados: fudamentais para assegurar a correcta interpretação dos dados e garantir a verdade única.

Assim, especialmente para orgnaizações com estruturas muito dispersas será útil, constituir uma estrutura de governação de BI, além da documentação de processos. Face aos riscos e desafios apresentados, Alexandre Mendes recomenda um “enfoque claro em pequenos passos”.

Sobre a informação a disponibilizar,ela tem de ser explicativa, caso contrário “é lixo”. Deve ser apresentada “como uma história”.

Talvez mais importante ainda para Alendre Mendes, é a definição de uma agenda do projecto de BI com: esclarecimento dos objectivos, o informação sobre oa o investimento envolvido, e o compromisso explícito dos mais altos responsáveis hierárquicos da empresa.




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