Operadores europeus em risco de perderem terreno

Face ao investimento agressivo de várias empresas norte-americanas no modelo de negócio de cloud computing, os operadores europeus correm o risco de perder relevância. A PT foi um dos que mais investiu.

Os operadores de telecomunicações europeus correm o risco de serem marginalizados no mercado global de cloud computing, segundo um estudo da Informa: as empresas norte-americanas e asiáticas estão a gastar milhões de dólares  para desenvolver uma presença internacional, suplantando o investimento das europeias. Apesar disso, a Portugal Telecom está entre as que mais investiram à escala europeia, segundo a TelecomPaper.
O estudo descobriu que os operadores europeus representavam apenas 7% dos 13,5 mil milhões de dólares investidos em activos em 2011 para o negócio. Os da América do Norte e da Ásia representaram 90% desse valor, ou seja 12 mil milhões.
Em 2011, os cinco principais operadores investidores em cloud computing foram a AT&T, a CenturyLink, a NTT, a Telstra, a Verizon e a Windstream. E os principais operadores europeus a investir na nuvem foram a Deutsche Telekom, Orange, a Portugal Telecom e a Telefonica.
A incerteza em torno da segurança e das leis de privacidade, na Europa, juntamente com o contínuo enfraquecimento económico, estão a funcionar como barreiras, de acordo com os investigadores. A Comissão Europeia tem como objectivo definir um quadro jurídico comum para a cloud computing em 2012.
Apesar dessas conclusões, o estudo também revela que os operadores europeus estão a sustentar a inovação local. Metade dos serviços lançados por essas empresas em 2011 usufruem de tecnologia de fornecedores europeus.
Enquanto os operadores europeus se concentram no lançamento de serviços na Europa, os norte-americanos estão a adquirir bases de clientes e activos no seu país e no exterior. Por sua vez, os asiáticos seguem uma estratégia mista de investimento em infra-estruturas e o lançamento de serviços nacionais e internacionais. Entretanto na América Latina, no Oriente Médio e em África os operadores estão a desenvolver infra-estruturas e competências.




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