Disaster Recovery com margem para melhorar na Administração Pública

A maioria dos organismos da administração pública não tem cópias de segurança dos seus sistemas de informação, segundo os últimos dados da UMIC sobre a utilização das TIC no sector em Portugal.

Os mais recentes dados da UMIC sobre a utilização das TIC na Administração Pública portuguesa mostram evoluções importantes na segurança dos sistemas de informação do sector público. Contudo revelam também que a maioria dos organismos, cerca de 60%, não tem cópias dos mesmos alojadas em infra-estrutura externa à sede da organização. Tal sugere uma margem de melhoria ainda significativa, quanto à adopção de sistemas e boas práticas de Disaster Recovery e de Business Continuity.
Os resultados da edição de 2011 dos inquéritos sobre a utilização de TIC na Administração Pública central, na Administração Pública regional (Açores e Madeira), e nas câmaras municipais revelam outros dados mais positivos sobre a segurança de TI. Cerca de 98% dos organismos de administração central  usam software anti-vírus e 96% usam firewall. E perto de 88%,  filtros de anti-spam. Nas câmaras municipais, o cenário é ligeiramente diferente, notando-se uma evolução positiva.
Apesar disso na administração central, apenas 41% dos organismos asseguram cópias de segurança dos sistemas de informação em locais exteriores. No universo das  câmaras municipais, 40% faz o mesmo, tendo havido uma duplicação desse número desde 2005.
Mas a agravar a situação os resultados apontam que na administração pública 57% utiliza, segundo a UMIC, servidores seguros. Nas câmaras municipais, não obstante uma melhoria de 28%, 53% têm o mesmo cenário.
Utilização de comércio electrónico em ascensão
Como dado relevante, a UMIC destaca o nível de consulta de catálogos de aprovisionamento, agora realizada por 80% dos organismos da administração central, quando em 2005 eram de 16%. Estes indicadores também tiveram evoluções significativamente positivas na Administração Pública regional da Madeira e Açores.
E segundo outros dados, perto de 59% dos organismos da administração pública central utilizaram comércio electrónico para efectuar encomendas – quando em 2005, apenas 24% faziam-no.  Nas câmaras municipais, 57% recorreram ao comércio electrónico, tendo sido uma das actividades que mais cresceu desde 2005. Nessa altura, apenas 13% usava este recurso.
Software de código aberto ganha terreno
Os resultados da UMIC sustentam ainda a noção de ter havido um incremento importante na utilização de software de código aberto. Na administração pública central, este tipo de tecnologia é hoje usado pelas instituições, sobretudo para servidores de Internet (51% dos organismos), sistemas operativos (40%), e outros tipos de aplicações (35%).
Em 2007, os indicadores tinham, respectivamente, valores de 28%, 29% e 37%. As câmaras municipais estão a usar o software de código aberto para os sistemas operativos (73%), para os servidores de Internet (68%) e para outro tipo de aplicações (48%).
De notar as discrepâncias entre a Madeira e os Açores  na utilização deste software. Na primeira região autónoma, a tecnologia é usada para servidores de Internet (49% dos organismos), como sistema operativo (37%) e noutros tipos de aplicação (26%). Enquanto nos Açores, os mesmos indicadores apresentam valores de 20%, 11% e 11%.




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