Chip confirma potencial da molibdenite

Investigadores suíços desenvolveram um chip usando um mineral chamado molibdenite, com claras vantagens sobre o silício.

O primeiro chip de computador em de molibdenite (MoS2) foi criado recentemente por uma equipa de investigação do Laboratory of Nanoscale Electronics and Structures (LANES) – da Ecole Polytechnique Fdrale de Lausanne (EPFL). O mineral ocorre naturalmente e tem sido apontado como uma alternativa de baixo consumo energético, ao silício.
O circuito integrado foi desenvolvido por investigadores suíços cujas experiências provaram que os chips de molibdenite podem ser menores do que os chips de silício. Consomem também menos energia e são mais flexíveis. Até agora, não tem sido possível fazer camadas de silício com menos de dois nanómetros de espessura: existe o risco de se iniciar uma reacção química que oxida a superfície e compromete as suas propriedades electrónicas.
A molibdenite, por outro lado, pode ser trabalhada em camadas de apenas três átomos de espessura. Torna-se assim possível o desenvolvimento de chips pelo menos três vezes menores.
Mesmo  a esta escala, o material permanece estável e a condução de energia é fácil de controlar, de acordo com o director do LANES, Andras Kis. O mineral pode ser também uma boa opção pela sua capacidade de ampliar os sinais electrónicos: o sinal de saída é quatro vezes mais forte que o de entrada.
Isso significa que os transístores feitos deste material são energeticamente muito eficientes. Kis considera haver “um potencial considerável para a criação de chips mais complexos”.
Finalmente, a flexibilidade da molibdenite poderá torná-la adequada para a utilização em dispositivos electrónicos flexíveis, como na concepção de folhas flexíveis de chips. Estas podem um dia ser usadas para fabricar computadores passíveis de serem enrolados e desenrolados. Ou então dispositivos preparados para serem afixados à pele, disseram os investigadores. A molibdenite é comparada ao grafeno, um outro de semicondutor flexível considerado por muitos com o sucessor natural de silício. O grafeno também é extremamente fino, constituído por uma camada única de átomos de carbono dispostos numa estrutura de favo de mel.
No início deste ano, investigadores da IBM desenvolveram o primeiro circuito integrado baseado em grafeno. É capaz de funcionar a frequências de 10GHz, ou 10 mil milhões de ciclos por segundo. Hoje os circuitos de em silício só conseguem escalar até cerca de 4GHz.




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