“Garantir bons conselheiros é mais importante do que obter financiamento para uma startup no curto prazo”

O CEO da MassChallenge (acelerador de desenvolvimento de start-ups) recomenda que o governo promova uma comunidade bem organizada e interligada de empreendedores e garanta investimento, se quer ter um ambiente de empreendedorismo no país.

Um dos oradores do Silicon Valley comes to Lisbon que hoje termina, John Harthorne, considera que o dinheiro é a única comodidade (ou “commodity”) de um ecossistema de start-ups. Em entrevista ao Computerworld, o fundador e CEO da MassChallenge considera mais importante para uma start-up constituir uma boa equipa e ter bons conselheiros do que obter financiamento. Pelo menos no curto prazo.
Aos governos interessados em promover um ambiente de empreendedorismo empresarial, o responsável faz várias recomendações e sugestões: garantir a disponibilidade de bolsas pecuniárias e promover uma comunidade organizada e fortemente interligada, são duas delas.
Depois de aderirem ao programa de aceleração de desenvolvimento de start-ups da MassChallenge, as participantes conseguiram angariar perto de 100 milhões de dólares (nos primeiros 12 meses de actividade) – segundo o Boston  Business Journal, e criaram quase 500 empregos. No princípio de 2011, o presidente dos Estados Unidos referiu-se ao acelerador de desenvolvimento de start-ups como um dos mais eficientes no país.

Computerworld – O que há de novo na sua abordagem de obtenção de financiamento para start-ups?
John Harthorne
– Nós não tomamos qualquer capital das start-ups em troca do nosso apoio. Em vez de agir como um investidor focado em captar valor a partir da start-up, invertemos a equação. Durante anos, os investidores têm convencido a comunidade de start-ups de que eles são especiais e únicos e que o seu dinheiro é a chave para o crescimento e sucesso.

Na verdade, o dinheiro é a única comodidade em todo o ecossistema. Obviamente, alguns investidores têm conhecimento, experiências e contactos únicos. Mas estes estão normalmente sobrevalorizados. Na realidade, os activos realmente escassos e valiosos na comunidade de start-ups são as empresas de qualidade em si mesmas. Um empresário com paixão é responsável por todo o crescimento e valor nas economias.

À partida, muitas vezes as start-ups criam ou redefinem toda uma indústria, enquanto os outros actores na economia procuram principalmente derivar valor a partir do que a start-up criou. Apesar do seu papel crítico para a economia, à partida normalmente têm dificuldades em garantir recursos essenciais porque estão fragmentadas e estruturalmente fracas.

Premiamos as 10 a 20 de start-ups de maior impacto com um milhão de dólares em dinheiro, mais milhões de dólares em benefícios de outra espécie, como bens e serviços. Nós não tomamos qualquer capital deles, não lhes cobramos quaisquer taxas significativas, nem colocamos quaisquer restrições em troca desse apoio.

Em vez disso, obtemos o nosso dinheiro a partir do resto do ecossistema – essencialmente cobrando à comunidade pelo acesso aos criadores de valor real. Isto é muito inovador e é a chave para o nosso rápido crescimento e sucesso… afinal, as start-ups são a chave para toda a criação de valor e podemos atrair as melhores do mundo porque nós colocamos o seu preço a zero. Se eu conseguir convencê-lo que nós temos as 125 start-ups agrupadas num andar em Boston, não vai querer visitá-las e conhecê-las?

CW – Que tipo de start-ups de TI ou relacionadas com TI estão a obter financiamento mais facilmente?
JH
– Há grandes diferenças geográficas. Em Nova Iorque, há muito capital para start-ups com o dinheiro e talento vindo do sector financeiro em busca de fontes alternativas de crescimento e envolvimento. Isso está a alimentar muitas actividades na área dos media, da comunicação, da publicidade e de software para serviços financeiros.

As start-ups de tecnologia de segurança também estão a conseguir financiamento muito facilmente devido à proliferação de dados online e às ameaças de privacidade e segurança. As start-ups dedicadas à análise e gestão de dados em grande volume também estão a obter financiamento, especialmente nos mercados tipicamente focados em B2B (como em Boston), assim como as start-ups centradas na mobilidade.

Qualquer iniciativa focada na eficiência encontrará ansiosos investidores empresariais. As iniciativas de apoio à criação de emprego deparam-se com políticos ansiosos por isso… Portanto, dependendo da geografia e enfoque, praticamente todas elas estão a receber financiamento com maior facilidade.

As start-ups resolvem problemas. O desafio é o alimento para as startups. E hoje há uma série de desafios na economia, e por isso há também uma série de oportunidades.

CW – No plano internacional, qual é a melhor estratégia a seguir por uma start-up para conseguir financiamento?
JH
– As start-ups em estado de evolução inicial focam-se geralmente em ganhar “tracção”. Garantir um bom conjunto de conselheiros ou mentores, e construir uma equipa e protótipos consistentes são tipicamente objetivos mais importantes a curto prazo do que garantir o financiamento. Se este processo for gerido correctamente, conduzirá inevitavelmente a um financiamento, independentemente da localização da start-up.

Estas também estão a procurar cada vez mais fontes alternativas de financiamento. Os concursos e organizações de aceleração de desenvolvimento de negócio são opções, tanto à escala universitária, nas cidades, no âmbito nacional e no plano internacional – através de grupos como o Seedcamp Endeavor ou a MassChallenge.

Grupos de capital de risco das corporações são outras das opções que normalmente oferecem melhor valor do que as organizações de capital de risco tradicionais. Muitas empresas estão preocupadas com a possibilidade de ficarem para trás na rápida mudança tecnológica.

E consideram ser mais eficiente gastar dinheiro na aquisição de uma start-up detentora  de uma tecnologia capaz de mudar o jogo, em vez de de contratar pessoas para tentar desenvolver tecnologias internamente – especialmente em regiões com mercados de trabalho rígidos. Além disso, se uma start-up puder ser lançada a um custo muito baixo, utilizando a metodologia de lançamento apoiado com uma start-up, ou aproveitando as plataformas existentes, trabalhando de forma rápida, às vezes é possível financiarem-se com receitas obtidas dos clientes – esta é uma óptima opção, pois força a start-up a focalizar-se na a adptação ao mercado e permite aos empresários deterem os seus negócios.

CW – Alguns observadores dizem que a MassChallenge não promove um ambiente colaborativo para as start-ups, abandonando de alguma maneira as empresas mal sucedidas na obtenção de financiamento. Como está a tentar resolver esse aspecto?
JH
– Não acredito que algum visitante das nossas instalações e das nossas  start-ups possa dizer isso com credibilidade.
Os 125 finalistas a que damos suporte estão mais satisfeitos com a sua experiência do que os clientes da Apple. Apoiamos todas as nossas equipas com recursos gratuitos, incluindo o acesso a centenas de mentores com maior experiência no mundo, a mais de 400 eventos, a espaços de escritório em Boston, e a milhões de dólares de serviços associados gratuitos.

Não notámos quaisquer conflitos entre equipas e na verdade testemunhamos muitas empresas a ajudarem-se umas às outras de forma relevante.
Na verdade, vários inquéritos indicam que as equipas obtêm tanto valor dos seus pares como do corpo de mentores especialistas disponibilizados na MassChallenge (os pares e mentores são muito valorizados em termos de valor acrescentado). As empresas apoiadas em 2010 arrecadaram mais de 100 milhões de dólares em financiamento externo nos 12 meses seguintes a se terem juntado ao nosso programa, e contrataram mais de 500 novos funcionários.

Esses números estão correlacionados com a avaliação (isto é, permitem fazer previsões), mas as empresas que não vencem os concursos obtêm grande parte do crescimento alcançado. O grupo deste ano contratou cerca de 500 pessoas durante o período de aceleração de três meses, mesmo antes de serem anunciados quaisquer “vencedores”. Tudo isso sugere que o processo MassChallenge está a funcionar excepcionalmente bem, e prova que o milhão de dólares concedido não é punitivo para os não beneficiários.
CW – A dimensão do concurso é a razão principal para a sua visibilidade?
JH –
A dimensão interessa nesta área. Definitivamente. O empreendedorismo é difícil. A maior parte vão startups acabar, mesmo sendo bem financiadas, tendo uma grande equipa e endereçando um grande mercado.

Fazer uma aposta como acelerador ou investidor nesse ambiente não é sensato, e é improvável os investidores visitarem uma start-up solitária na cave da casa da mão do empreendedor, por esse motivo. Mas quando se tem 125 start-up num andar, selecionadas criteriosamente a partir de um conjunto de candidatos de quase mil startups … bom, estão lá mesmo várias startups de múltiplos mil milhões naquela sala.

Isso significa que os recursos se tornam interligados e internos. Em vez de termos empresários esperando numa fila para falar com os investidores, advogados, mentores, ou clientes … Na MassChallenge os investidores, advogados, mentores e clientes contactam-nos para arranjarem tempo na agenda das start-ups e falar com elas.

Isso cria um ciclo virtuoso capaz de atrair participantes e recursos de qualidade e permite-nos estabelecer ligações altamente produtivas num período muito curto de tempo –  promovendo um envolvimento capaz de produzir histórias de sucesso que atraem startups com ainda mais qualidade e ainda mais recursos de qualidade… Assim, nosso tamanho é importante para gerar o nosso sucesso – mas não é o tamanho em si que nos torna tão visíveis. É o impacto resultante da qualidade e os resultados que nos tornam visíveis.

CW – Quais os principais factores para desenvolver um ambiente de empreendedorismo num país ou numa cidade? E como podem as autoridades desenvolver essa forma de pensar hoje em dia?
JH –
A palavra “ecossistema” já está muito gasta, mas é absolutamente necessária. Temos de reconhecer que a comunidade start-up é um sistema. Não se consegue aumentar a sua produtividade, alterando apenas uma variável. É preciso  criar um mercado benéfico para cada componente dentro do sistema.

Mesmo não tendo uma comunidade robusta em todos os sentidos, é necessário ter uma comunidade, pelo menos, bem organizada e altamente interligada. O governo não pode resolver todos os desafios da comunidade por si só, mas pode fazer muito, celebrando casos de sucesso, promovendo a disponibilidade de capital “semente” e bolsas, além de incentivar as ligações entre universidades e empresas. Os enquadramentos de competição e concursos são um modelo muito bom para atingir esses objetivos, ao agregar a atenção e, naturalmente, organizar e interligar recursos, ao exemplificar explicitamente a recompensa em casos de sucesso.

“Garantir bons conselheiros é mais importante do que obter financiamento para uma start-up no curto prazo”

Um dos oradores do Silicon Valley comes to Lisbon, John Harthorne, John Harthorne, considera que o dinheiro é a única comodidade ou “comodity” de um ecosistema de start-ups.

Em entrevista ao computerworld, o fundador e CEO da MassChallenge considera mais importante para uma start-up constituir uma boa equipa e ter bons conselheiros do que obter financiamento. Pelo menos no curto prazo.

Aos governos interessados em promover um ambiente de empreendedorismo empresarial, o responsável faz várias recomendações e sugestões: garantir a disponibilidade de bolsas pecuniárias e promover uma comunidade organizada e fortemente interligada, são duas delas.

Depois de aderirem ao programa de aceleração desenvolvimento de start-ups da MassChallenge, as participantes conseguiram angariar perto de cem milhões de dólares (nos primeiros 12 meses de actividade) – segundo o Boston Business Journal E criaram quase 500 empregos. No princípio de 2011, o presidente dos Estado Unidos referiu-se ao acelerador de desenvolvimento de start-ups, como um dos mais eficientes nos Estados Unidos.

Computerworld – Na sua opinião o que é novo na sua abordagem de obtenção de financiamento para start-ups?

John Harthorne – Nós não tomamos qualquer capital das start-ups ou , em troca de nosso apoio. Em vez de agir como um investidor focado em captar valor a partir da startup, invertemos a equação. Durante anos, os investidores têm convencido a comunidade de startups, de que eles são especiais e únicos e que o seu dinheiro é a chave para o crescimento e sucesso. Na verdade, o dinheiro é a única comodidade em todo o ecossistema. Obviamente, alguns investidores têm conhecimento, experiências e contactos únicos. Mas estes estão normalmente sobrevalorizados. Na realidade, os activos realmente escassos e valiosos na comunidade de startups são as empresas de qualidade em si mesmas. Um empresário com paixão é responsável por todo o crescimento e valor nas economias. À partida, muitas vezes startups criam ou redefinem toda uma indústria, enquanto os outros actores na economia procuram principalmente derivar valor a partir do que a startup criou. Apesar do seu papel crítico para a economia, as partidas normalmente têm dificuldades em para garantir recursos essenciais porque estão fragmentadas e estruturalmente fracas. Premiamos as 10 a 20 de start-ups de maior impacto com um milhão de dólares em dinheiro, mais milhões de dólares de benefícios de outra espécie, como bens e serviços. Nós não tomamos qualquer capital deles, não lhes cobramos quaisquer taxas significativas, nem colocamos quaisquer restrições em troca desse apoio. Em vez disso, obtemos o nosso dinheiro a partir do resto do ecossistema – essencialmente cobrando à comunidade pelo acesso os criadores de valor real. Isto é muito inovador e é a chave para o nosso rápido crescimento e sucesso … afinal, as start ups são a chave para toda a criação de valor e podemos atrair as melhores do mundo porque nós colocamos o seu preço a zero. Se eu conseguir convencê-lo que nós temos as 125 startups agrupadas num andar em Boston, não vai querer visitá-las e conhecê-las?

CW – Que tipo de startups de TI ou relacionadas com TI estão a obter financiamento mais facilmente?

JH – Há grandes diferenças geográficas. Em Nova Iorque, há muito capital para startups com o dinheiro e talento vindo do sector financeiro em busca de fontes alternativas de crescimento e envolvimento. Isso está a alimentar muita actividades na área dos média, da comunicação, da publicidade e software para serviços financeiros. As startups de tecnologia de segurança também estão a conseguir financiamento muito facilmente devido à proliferação de dados on-line e às ameaças de privacidade e segurança. As start-ups dedicadas à análise e gestão de dados em grande volume também estão a obter financiamento, especialmente nos mercados tipicamente focados em startups de B2B (como em Boston) e assim como as startups centradas na mobilidade. Qualquer iniciativa focada na eficiência encontrará ansiosos investidores empresariais. As iniciativas de apoio à criação de emprego deparam-se com políticos ansiosos por isso … Portanto, dependendo da geografia e enfoque … praticamente todas elas estão a receber financiamento com maior facilidade. As startups resolvem problemas. O desafio é alimento para as startups. E hoje há uma série de desafios na economia, e por isso há também uma série de oportunidades.

CW – No plano internacional qual é a melhor estratégia a seguir por uma start-up, para conseguir financiamento?

JH – As start-ups e estado de evolução inicial focam-se geralmente em ganhar “tracção”. Garantir um bom conjunto de conselheiros ou mentores, e construir uma equipa e protótipos consistentes são tipicamente objetivos mais importantes a curto prazo do que garantir o financiamento. Se este processo for gerido correctamente, conduzirá inevitavelmente a um financiamento, independentemente da localização da start-up.

Estas também estão a procurar cada vez mais fontes alternativas de financiamento também. Os concursos e organizações de aceleração de desenvolvimento de negócio são opções, tanto à escala universitária, nas cidades, no âmbito nacional e no plano internacional – através de grupos como o Seedcamp Endeavor, ou a MassChallenge. Grupos de capital risco das corporações são outras das opções que normalmente oferecem melhor valor do que as organizações de capital de risco tradicionais. Muitas empresas estão preocupadas com a possibilidade de ficarem para trás na rápida mudança tecnológica. E consideram ser mais eficiente gastar dinheiro na aquisição de uma start-up detentora de uma tecnologia capaz de mudar o jogo, em vez de de contratar pessoas para tentar desenvolver tecnologias internamente – especialmente em regiões com mercados de trabalho rígidos. Além disso, se uma start-up puder ser lançada a uma custo muito baixo, utilizando a metodologia de lançamento apoiado com uma start-up, ou aproveitando as plataformas existentes, trabalhando de forma rápida, às vezes é possível financiarem-se com receitas obtidas dos clientes – esta é uma óptima opção, pois força a start-up a focalizar-se na a adptação ao mercado e permite aos empresários deterem os seus negócios.

CW – Alguns observadores dizem que a Masschalenge não promove um ambiente colaborativo para as start-ups, abandonando de alguma maneira as empresas mala sucedidas na obtenção de financiamento. Como está a tentar resolver esse aspecto?

JH – Não acredito que algum visitante das nossas instalações e das nossas start-ups possa dizer isso com credibilidade.

Os 125 finalistas a que damos suporte estão mais satisfeitos com a sua experiência do que os clientes da Apple. Apoiamos todas as nossas equipas com recursos gratuitos, incluindo o acesso a centenas de mentores com amior experiência no mundo, a mais de 400 eventos, a espaços de escritório em Boston, e a milhões de dólares de serviços associados gratuitos.

Não notámos quaisquer conflitos entre equipas e na verdade testemunhamos muitas empresas a ajudarem-se umas às outras de forma relevante.

Na verdade, vários inquéritos indicam que as equipas obtêm tanto valor dos seus pares como do corpo de mentores especialistas disponibilizados na Masschallenge (os pares e mentores são muito valorizados em termos de valor acrescentado). As startups apoiadas em 2010 arrecadaram mais de 100 milhões de dólares em financiamento externo nos 12 meses seguintes a se terem juntado ao nosso programa, e contratou mais de 500 novos funcionários. Esses números estão correlacionados com a avaliação (isto é, permitem fazer previsões), mas a empresas que não vencem os concursos obtêm grande parte do crescimento alcançado. O grupo deste deste ano contratou cerca de 500 pessoas durante o período de aceleração de três meses mesmo antes de serem anunciados quaisquer “vencedores”. Tudo isso sugere que o processo MassChallenge está a funcionar excepcionalmente bem, e prova que o milhão de dólares concedido não é punitivo para os não beneficiários.

– A dimensão do concurso é a razão principal para a sua visibilidade?

– A dimensão interessa nesta área. Definitivamente. Empreendedorismo é difícil. A maior parte vão startups acabar, mesmo sendo bem financiadas, tendo uma grande equipa e endereçando um grande mercado. Fazer uma aposta como acelerador ou investidor nesse ambiente não é sensato, e é improvável os investidores visitarem uma start-up solitária na cave da casa da mão do empreendedor, por esse motivo. Mas quando se tem 125 start-up num andar, selecionadas criteriosamente a partir de um conjunto de candidatos de quase mil startups … bom, estãoa lá mesmo várias startups de múltiplos mil milhões bilhões naquela sala. Isso significa que os recursos se tornam interligados e internos. Em vez de termos empresários esperando numa fila para falar com os investidores, advogados, mentores, ou clientes … Na Masschallenge os investidores, advogados, mentores e clientes contactam a MassChallenge para arranjarem tempo na agenda das start-ups para falar com elas. Isso cria um ciclo virtuoso capaz de atrair participantes e recursos de qualidade e permite-nos estabelecer ligações altamente produtivas num período muito curto de tempo – promovendo um envolvimento capaz de produzir histórias de sucesso que atraem startups com ainda mais qualidade e ainda mais recursos de qualidade… Assim, nosso tamanho é importante para gerar o nosso sucesso – mas não é o tamanho em si que nos torna tão visíveis. É o impacto resultante da qualidade e os resultados que nos tornam visíveis.

CW – Quais os principais factores para desenvolver um ambiente de empreendedorismo num país ou numa cidade? E como podem as autoridades desenvolver essa forma de pensar hoje em dia?

JH – A palavra “ecossistema” já está muito gasta, mas é absolutamente necessária. Temos de reconhecer que a comunidade startup é um sistema. Não se consegue aumentar a sua produtividade, alterando apenas uma variável. É preciso criar um mercado benéfico para cada componente dentro do sistema. Mesmo não tendo uma comunidade robusta em todos os sentidos, é necessário ter uma comunidade, pelo menos, bem organizada e altamente interligada. O governo não pode resolver todos os desafios da comunidade por si só, mas pode fazer muito, celebrando casos de sucesso, promovendo a disponibilidade de capital “semente” e bolsas, além de incentivar as ligações entre universidades e empresas. Os enquadramentos de competição e concursos são um modelo muito bom para atingir esses objetivos, ao agregar a atenção e, naturalmente, organizar e interligar recursos, ao exemplificar exoplicitamente recompensar casos de sucesso.




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