Oracle continua a apoiar base de dados MySQL

Apenas os clientes da Enterprise Edition têm acesso a novos recursos de segurança, escalabilidade e autenticação.

A Oracle acrescentou extensões comerciais na edição empresarial da sua base de dados MySQL de código aberto (open source), diferenciando-a ainda mais da versão disponível para qualquer pessoa da comunidade sem qualquer custo.
Uma nova capacidade de “thread pooling” pode fornecer uma performance “significativa” e aumentar a escalabilidade para “aplicações que servem um elevado número de ligações simultâneas, especificamente nos sistemas de 16 núcleos ou mais”, diz um texto no blogue oficial.
A assinatura da Enterprise Edition também inclui agora um modelo (“template”) Oracle VM para o rápido desenvolvimento de bases de dados, suporte ao Windows Server Failover Clustering e várias melhorias na autenticação.
Os recursos, que se juntam a extensões comerciais MySQL já existentes, como o Enterprise Monitor, estão disponíveis para os actuais detentores da Enterprise Edition. Serão disponibilizados como parte de um teste gratuito de 30 dias “em breve”, segundo o blogue.
A gestão do MySQL  pela Oracle tem sido observada de perto por membros da comunidade que usam e ajudam a desenvolver a base de dados, que foi adquirida na compra da Sun Microsystems em 2010. O negócio da Sun esteve parado enquanto as autoridades europeias anti-concorrência analisavam as implicações do que a Oracle, que vende as bases de dados proprietárias mais amplamente utilizadas, faria com o MySQL.
A Oracle divulgou um conjunto de compromissos públicos afirmando o seu empenho em manter o MySQL aberto e viável, e desde então tem fornecido um número significativo de actualizações.
A sua decisão de limitar as novas extensões “premium” aos clientes daEnterprise Edition e não as incluir no código da comunidade é uma prática comercial comum entre empresas de código aberto, mas pode irritar alguns utilizadores.
O especialista em bases de dados Giuseppe Maxia, ex-líder da equipa da comunidade MySQL, não se enquadra nesse grupo.
“Um produto de código aberto precisa de ser desenvolvido. E os programadores precisam de ser pagos. Assim, a empresa precisa de ganhar dinheiro com esse produto se quer continuar a desenvolvê-lo”, escreveu no seu blogue esta sexta-feira. “Ou isso, ou a empresa precisa de vender algo para pagar as contas”.
“Não vamos entrar no argumento de que um puro projecto de código aberto com participação universal é melhor, mais rápido ou mais maravilhoso”, acrescentou. “O MySQL nunca foi isso, não com a Oracle e não com a Sun, e não quando foi uma empresa independente”.
A assinatura da Enterprise Edition custa 5.000 dólares por ano por servidor, com até quatro “sockets”.




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