O CEO da empresa especializada em tecnologia de virtualização, Paul Maritz, considera que o PC é uma metáfora morta.
O CEO da VMware, Paul Maritz exortou os clientes a pensarem os seus sistemas de informação considerando o potencial dos dispositivos além do e do ambiente de desktop. Este é já uma metáfora morta, uma ferramenta mal preparada para a força de trabalho de hoje insistiu o executivo no evento VMWorld, realizado emLas Vegas.
Dentro de cinco anos, menos de 20% dos utilizadores de sistemas de computação vai estar a usar o Microsoft Windows, previu. O trabalho de fornecer aplicações e dados “já não pode pertencer um único dispositivo, ou a um sistema operativo. Portanto, temos de nos afastar desse aspecto do desktop”, defende.
Na sua apresentação perante 19 mil participantes no evento, Maritz disse que os clientes devem pensar em passar da virtualização para uma verdadeira infra-estrutura de cloud computing. 50% das infra-estruturas no mundo funcionam baseadas na virtualização, observou. A cloud computing é o próximo passo lógico, explicou.
A infra-estrutura de cloud computing será necessária, argumenta, para acomodar as necessidades de uma força de trabalho mais dinâmica. Permitirá aos gestores de TI disponibilizar aplicações e informações para as pessoas, em vez de para dispositivos.
“Eu passei a minha vida inteira trabalhando no PC”, admitiu Maritz, que tem 56 anos. A metáfora da área de trabalho foi introduzida pelo laboratório de investigação da Xerox Parc na década de 1970, procurando explorar “como automatizar a vida do trabalhador de colarinho branco, por volta de 1975”, lembrou. Isto significava que os investigadores fizeram aproximações no computador das ferramentas do trabalhador de escritório – armários de ficheiros, máquinas de escrever, ficheiros, pastas, caixas de entrada e de saída.
“Temos um ambiente de uma grande área de trabalho”, disse. “A questão é que as pessoas com idade inferior a 35 não se sentam atrás de mesas, e não gastam o seu tempo cuidando atenciosamente dos documentos. Vão estar lidar com fluxos de informação que aparecem em conjuntos mais pequenos, mas em maior número. Estamos a entrar numa era pós-documental, e vamos precisar soluções diferentes”.
Além do VMware vSphere 5
A VMware apresentou a versão 5 da sua solução de virtualização, mas também renovou a VMware View 5.0 e apresentou a base de dados Postgres. Considerando o VMware vSphere 5, torna-se claro que a VMware esteve a descansar sobre os seus louros. A nova versão do vSphere baseia-se nos alicerces fortes do vSphere 4.1, apresentando novos recursos de gestão e automação e os níveis de expansão.
Ampliando a sua linha de software para suportar implantações de cloud computing, a VMware criou uma oferta para o funcionamento da base de dados Postgres num ambiente virtualizado. A Postgres será a primeira de uma série de base de dados que a empresa planeia fornecer no referido formato,a ser disponibilizado com o nome VMware Data Director vFabric
Mantendo o ritmo de concorrência com os seus rivais no mercado de VDI (Virtual desktop), a VMware actualizou o seu software de virtualização de desktop para que os utilizadores possam agora personalizar os seus desktops e transmiti-los ao longo de redes WAN. O View 5.0 oferece esses recursos porque foram especificamente solicitados pelos utilizadores, disse Paul Maritz. Funcionalidades semelhantes também foram introduzidas por um dos principais concorrentes da VMware.