Coreia do Norte fabrica computadores

Os computadores rudimentares estão entre os primeiros da nação.

A Coreia do Norte pode ser um lugar improvável para encontrar uma fábrica de computadores mas o país começou a fabricar três modelos, de acordo com a TV estatal.
A notícia de ontem, no principal telejornal às 20 horas, levou os espectadores para dentro da fábrica que está a fabricar os computadores. A fábrica e os computadores estão longe das linhas avançadas e automatizadas que produzem milhares de laptops diariamente na vizinha China.
Numa imagem, são vistos oito trabalhadores sentados a instalarem o teclado e a verificarem as dobradiças do laptop. Noutra, um trabalhador parece estar a testar um novo laptop através de vários ecrãs.
Dos três computadores, dois são para uso educativo e um para escritórios.
Os computadores educativos têm o mesmo software à medida e vêm em duas versões: um é netbook e o outro uma caixa com um teclado e rato para ser ligada a uma televisão.
“Podem-se usar materiais multimédia educativos”, disse Pae Myong-sok, representante da fábrica entrevistado na reportagem da TV. “Por exemplo, podem-se ler livros das escolas primárias e secundárias, fazer exercícios de formação intelectual, ver vários tipos de dicionários, editar documentos e até aprender línguas estrangeiras”.
O computador de escritório é um laptop com software de produtividade e inclui um browser, afirma Pae. É também do tamanho de um netbook e integra duas portas USB – algo que não está incluído nas máquinas educativas – para transferência de dados. A bateria dura cerca de duas horas e meia, dizem as notícias.
Não foram fornecidas outras especificações ou detalhes. O sistema operativo não era claro a partir das imagens na televisão, mas não parecia ser Windows. A Coreia do Norte desenvolveu a sua própria versão de Linux, denominada “Estrela Vermelha”, e é possível que os computadores a utilizem.
“Os dispositivos e os programas destes computadores foram concebidos e desenvolvidos exclusivamente com a nossa própria experiência”, disse Pae. “Estes computadores têm um custo inicial baixo mas são concebidos para desempenharem todas as funções necessárias sem dificuldade”.
A fábrica foi identificada como pertencente ao Instituto de Tecnologias da Informação. Nenhuma outra afiliação foi fornecida mas o nome corresponde a uma unidade da Centro de Computação da Coreia (KCC), em Pyongyang. O KCC é um dos centros da Coreia do Norte para estudos das tecnologias da informação e comercializa com sucesso um punhado de aplicações no exterior.
A Coreia do Norte é um dos países mais rigidamente controlado no mundo. Poucas casas têm computadores e os que são permitidos ter acesso à Internet. Uma intranet interna está disponível em bibliotecas e estabelecimentos de ensino.




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