Uma vulnerabilidade descoberta durante a Pwn2Own permite o acesso aos dados dos dispositivos.
A RIM está a recomendar aos departamentos de TI que os utilizadores desactivem a execução de JavaScript nos seus dispositivos BlackBerry, considerando uma vulnerabilidade descoberta durante a conferência de segurança Pwn2Own.
Segundo a RIM, a vulnerabilidade poderia permitir a um hacker aceder a dados de um dispositivo do utilizador através do browser dos BlackBerry, caso entre num site infectado com malware. A vulnerabilidade afecta apenas os dispositivos com o sistema operativo BlackBerry 6, uma vez que pode ser explorada em dispositivos equipados com o motor do navegador WebKit. A RIM começou a reconstruir o seu navegador BlackBerry 6 em 2009, quando adquiriu a empersa de software open source, Torch Mobile, cujo navegador Iris está baseado no motor de busca Webkit. Qualquer dispositivo BlackBerry com versões anteriores ao sistema operativo BlackBerry não serão afectados.
A RIM diz que a vulnerabilidade permite apenas aos hackers obterem dados armazenados em cartões de memória e dispositivos de armazenamento integrado. Não possibilita o acesso dos hackers às informações armazenadas nas aplicações do telefone, como os dados armazenados por e-mail, calendário e aplicações de contacto. Até agora, a RIM afirmou ter visto nenhum caso de exploração desta vulnerabilidade para fora do ambiente de teste.
A RIM está a fornecer orientações aos departamentos de TI para desactivarem o JavaScript em vários dispositivos BlackBerry, incluindo o Torch 9800, o Bold 9700 e Curve Bold 9300. Se isso falhar, a RIM BlackBerry recomenda que os utilizadores desactivem o navegador até a vulnerabilidade ser resolvida.
O fabricante alcançou a sua reputação, proporcionando alta segurança para utilizadores do sector empresarial. Mas nos últimos anos foi forçada, pelo sucesso do iPhone da Apple e do Android, a permitir que aplicações de código aberto e de terceiras partes possam ser adicionados aos dispositivos. Além de utilizar motor de busca de código -fonte aberto WebKit, a RIM também está a considerar a possibilidade de permitir que o seu tablet Playbook suporte aplicações criadas para ambiente Android.
As aplicações móveis tornaram-se uma característica popular dos smartphones nos últimos dois anos, especialmente com o lançamento das lojas de aplicações App Store da Apple ou o Google Android Market. Os dados mais recentes a este respeito, da consultora ChangeWave mostra que 14% dos utilizadores de smartphones afirmam que as aplicações são o que mais gostam nos seus novos smartphones, seguidos pela facilidade de utilização (12%) e o acesso à Internet (12%). O acesso ao e-mail corporativo, a aplicação mais importante da RIM, é considerado mais importante por 10 % dos utilizadores.