Os números do acordo entre Microsoft e Nokia

A gigante do software vai pagar à Nokia mil milhões de euros para esta “promover e desenvolver” os smartphones baseados em Windows, apurou a Bloomberg.

O acordo entre a Nokia e a Microsoft para o mercado dos smartphones envolve uma importante troca de verbas, segundo uma reportagem da Bloomberg. Embora o calendário de pagamentos não seja totalmente claro, a agência económica revela que “alguns dos pagamentos feitos à Nokia terão lugar antes da empresa começar a vender estes telemóveis”.
Como parte do acordo, a Nokia pagará à Microsoft royalties sobre todos os telefones vendidos – 10 a 15 dólares por dispositivo -, e, além disso, a empresa de Seattle deverá usar o software de cartografia Navteq (da Nokia). Terá acesso a algumas das patentes do fabricante finlandês e as receitas de publicidade, pesquisa e outros serviços serão repartidas pelos dois.

De acordo com a Bloomberg, o acordo vai durar mais de cinco anos e não envolve exclusividade. A Nokia vai continuar a comercializar os telemóveis Symbian, que vendem muito bem nos mercados em desenvolvimento, e ainda espera vender um telemóvel com sistema operativo Meego este ano. Na verdade, a empresa acaba de nomear um novo responsável neste domínio. Por seu lado, a Microsoft vai continuar a vender Windows Phone com outros fabricantes.

Ao longo da rede comercial, o tempo é essencial e desempenha um papel fundamental. Todas as indicações são de que a Microsoft lançará o seu Windows Phone Mango no final deste ano, e a Nokia não terá qualquer dispositivo pronto até isso acontecer.

Lendo nas entrelinhas, fica claro que para a Nokia este é o melhor negócio porque a alternativa, com a Google, a tornaria apenas mais um agente para o Android. Por seu lado, a Microsoft precisava de um nome respeitado no mercado de mobilidade para impulsionar o seu negócio nesse segmento.

Assim, no curto prazo, a Nokia reforça os seus cofres com capital para reestruturar a sua actividade de investigação e desenvolvimento e, no longo prazo, pode posicionar-se no topo do mercado dos smartphones: se o Windows Phone tiver sucesso.
Se isso não acontecer, a Microsoft perderá algumas centenas de milhões de dólares. Contudo, a Nokia sofrerá um maior impacto.




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