A EMC desenvolveu uma nova arquitectura de hardware e software para disponibilizar ao mercado de PME um novo produto com preço a rondar os 9500 euros. Ao mesmo tempo, renovou a sua oferta de armazenamento.

Além de melhorias nos sistemas VMAX Symmetrix, o portefólio do fabricante já inclui sistemas Isilon, evoluções de tecnologia herdada da Isilon (adquirida recentemente). Ao todo, a EMC renovou 41 produtos.
Apesar disso, as atenções estão viradas para os equipamentos VNX que concorre directamente com a oferta FAS, da Netapp. Além do equipamento de entrada VNXe, a família terá mais duas linhas: VNX5000 (substitui os sistemas CX4-480, CX4-240, CX4-120 e Clariion AX4 Fibre Channel array e NS-480, NS-120 Celerra) e a VNX7500 (substitui os Clariion CX4-960 e os Celerra NS-960). Ao todo serão sete sistemas novos.
A EMC não revelou preços – além da gama de entrada, que é de 9499 euros – mas está pronta a registar encomendas.
O VNXe terá duas versões – VNXe 3100 e a 3300. A primeira suporta o padrão Network File System (NFS), Common Internet File System (CIFS) e NFS paralelo (pNFS), com 96 drives. A segunda suporta o protocolo iSCSI e pode alojar 120 drives, atingindo um máximo de capacidade de 240 TB.
O presidente e COO para os produtos de infra-estrutura da informação da EMC, Pat Gelsinger, revelou que houve mudanças importantes nas arquitecturas usadas como ponto de partida para o sistema VNX. Tiveram como objectivo ganhar largura de banda para aproveitar melhor a tecnologia Flash, mas também suportar uma conjugação diferente de tecnologias SAN e NAS, “na qual o desempenho do bloco de armazenamento não está subjugado ao dos ficheiros”. Assim o novo sistema oferece a distribuição de volumes , ou “tiering”, sub-LUN automatizado, para ficheiros e blocos. Vem já com uma actualização da tecnologia Fully Automated Storage Tiering (FAST) capaz de distribuir e segmentar dados, a partir de repositórios virtuais (Virtual Pools). A tecnologia FAST automatiza o movimento de dados para suportes SSD, SAS e SATA, dependendo das características dos dados e a frequência de utilização dos mesmos (sobre sistemas Symmetrix, Clariion e Celerra).
A EMC não deixa de ter de enfrentar algum cepticismo por parte de analistas e concorrentes quanto à capacidade de unificação do sistema agora lançado. Alguns prevêem o questionamento generalizado sobre o que é armazenamento unificado.
Um novo sinal de unificação é o Data Domain Arquiver. Passou de solução de backup e agora ganhou capacidades de sistema de arquivo ao exigir um TCO menos alto (segundo a EMC) e mais capaz de suportar a retenção de dados no longo prazo. Funcionando com base em políticas pré-estabelecidas, o equipamento automaticamente move dados mais antigos para um segmento de informação arquivada.
VMAX mais rápido
O renovado sistema Symmetrix, de topo de gama VMAX, está duas vezes mais rápido, alega a EMC, beneficiando de evoluções no software. Dessa forma, acaba por servir de exemplo e argumento para a estratégia que o presidente da empresa, Joe Tucci, procura desde há muito implantar na empresa e cujo mote pode ser resumido assim: é no software que reside o valor acrescentado da EMC e a sua capacidade de diferenciação.
Além disso, o equipamento ganhou nova capacidade de expansão indo agora dos 48 discos aos 2,400 – pode atingir os dois petabytes de capacidade. As facilidades de gestão também foram melhoradas e está mais fina. O VMAX consegue gerir aspectos numa única drive. Além disso, consegue encriptar dados de forma nativa e permite certas mudanças no seu hardware sem interrupções de serviço.
A tecnologia FAST-VP permite ao Symmetrix optimizar a utilização dos seus recursos. A EMC diz que é possível reduzir em 87% o número de discos necessários e, consequentemente, usar menos 75% de energia.