Comissão Europeia pede maior investimento na digitalização de conteúdos

A União Europeia pediu às bibliotecas europeias para iniciar um processo de digitalização de conteúdos, e aos Estados para aumentarem o esforço financeiro visando este objectivo.

A Comissão Europeia está apostada em fazer frente à Google Books. O último relatório sobre o projecto Europeana apela aos membros da União Europeia para digitalizar as colecções que mantêm nas bibliotecas, arquivos e museus. Na apresentação do relatório a comissária para a Agenda Digital, Neelie Kroes, alertou para a necessidade de os países aumentarem o seu esforço de financiamento dos processos de digitalização. “Os fundos necessários para se construírem 100 quilómetros de estrada dariam para digitalizar 16% dos livros disponíveis nas bibliotecas ou a digitalização de todos conteúdos sonoros das instituições culturais da União Europeia”, diz um comunicado da Comissão.
A Europeana é uma biblioteca digital preparada hoje para dar acesso livre a mais de 15 milhões de livros, mapas, quadros, fotografias e outros artefactos em formato digital. A iniciativa colocou o projecto em concorrência com a Google Books, a qual também estima ter 15 milhões de livros digitalizados. A maior preocupação para a Europeana são os chamados “trabalhos orfãos”, material cujos detentores de direitos de autor são desconhecidos ou os casos nos quais os livros deixaram de ser impressos.
O referido relatório diz que os detentores dos direitos de autor têm como papel principal digitalizar os trabalhos que deixaram de ser impressos, as instituições precisam de ter a oportunidade de digitalizar o material torna-los a acessíveis ao público. Mas reconhece a necessidade de os remunerar.

Outra necessidade assume alguma prioridade de maneira à Europeana suportar todos os conteúdos: estabelecer um formato único padrão, em conformidade os países contribuintes. Este nível de colaboração técnica ainda não foi atingido, mas já emergiu uma orientação: “Formatos de ficheiro normalizados e bem documentados podem ser manuseados mais facilmente do que os formatos proprietários, mas abrir a documentação sobre os formatos nem sempre é do interesse das empresas de software.

Perto de 64% da colecção da Europeana é constituída por registos digitais de fotografias, mapas, pinturas e imagens de objectos de museu. Cerca de 34% correspondem a textos, incluindo manuscritos raros e os primeiros livros impressos antes de 1500. Actualmente a Google comprometeu-se a digitalizar apenas conteúdo cujos direitos sejam de domínio público, ou seja, cuja publicação seja anterior a 1870.




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