No Cloud Computing Fórum, Miguel Caldas, da Microsoft, defende que a primeira medida a tomar no processo de adopção do cloud computing deve ser uma avaliação de risco apurada.
“A avaliação de risco é a primeira coisa a fazer para quem está a pensar adoptar o cloud computing”, recomendou o especialista da Microsoft, Miguel Caldas, no estilo taxativo que o caracteriza, durante o Cloud Computing Fórum. Nada de novo para o orador: “É o que fazem as empresas quando tomam decisões de negócio”. Na mesma linha, o responsável avisa as organizações para desconfiarem dos operadores de cloud, nessa avaliação de risco. Não obstante, considera que existem “condições políticas, embora não sejam ideais” para haver cloud computing e “há parceiros com respostas sólidas”.
O mesmo responsável explica que na maior parte dos casos já é mais barato adoptar um serviço de cloud computing, do que ter uma solução instalada no seu sistema de informação. E por isso haverá maior igualdade de oportunidades no acesso a software de CRM. “Na base dessas facilidades, está o facto de oito a 12 mil máquinas poderem ser geridas por um par de mãos”, sustenta Caldas. Assim, as economias de escala são enormes. Neste contexto, a Microsoft considera racional adoptar uma cloud interna. Mas alerta que não existem vantagens económicas nessa opção.
Qual é a melhor forma de migrar a organização para um ambiente de cloud computing? “Permitindo que as pessoas usem na cloud o que têm em casa, salvaguardando uma simetria entre o modelo tradicional e o da cloud,“ explica Miguel Caldas. Mas há também soluções para “manter os sistemas tradicionais e migrar parte dele para o modelo de cloud na mesma”.
Segundo o responsável, a oferta de cloud computing pode ser definida como “platform as a service”, e engloba soluções capazes de serem mais adaptadas aos sistemas de informação das organizações. “Simplesmente, exigem maior esforço de gestão“, ressalva.
Na visão de Miguel Caldas, a “segurança baixa objectivamente na confidencialidade” em modelos de cloud computing. Mas quanto “à integridade dos dados não há ninguém tão bom como a Google e a Microsoft, as quais beneficiam de dois centros de dados dentro da Europa.”