Osterman Research defende que as máquinas virtuais devem ser desfragmentadas com a mesma frequência das unidades físicas.
A necessidade de desfragmentação nos ambientes virtuais é ainda mais crítica, segundo o “white paper” “The Importance of Defragmentation in Virtualized Enviroments”, publicado pela Osterman em conjunto com o fabricante de software de administração de discos Diskeeper.
Os componentes de hardware num ambiente de armazenamento virtualizado devem suportar os processos de cada sistema operativo instalado, com o correspondente stress sobre os discos rígidos pelos múltiplos acessos a que estão sujeitos.
A fragmentação do disco ocorre quando os dados são escritos e re-escritos constantemente num disco, o que pode fazer com que a informação se disperse por diferentes sectores físicos da unidade, sempre que não existe espaço contíguo suficiente para escrever um ficheiro num único bloco. Como resultado, quando um ficheiro é pedido, o disco é obrigado a desempenhar tarefas adicionais para localizar os bits do arquivo armazenados em diferentes lugares, o que conduz a uma diminuição do rendimento global do sistema.
A Microsoft nos seus sistemas operativos Windows e outros fabricantes disponibilizam desfragmentadores que permitem volver a montar os arquivos fragmentados. Já nos sistemas Unix, a fragmentação não constitui grande problema, devido ao facto de o sistema operativo utilizar um método diferente para escrever os ficheiros no disco.
O documento produzido pela Osterman também sublinha que os discos virtuais podem mesmo ficar mais fragmentados que os discos que correm em sistemas físicos. Para citar um exemplo, um único ficheiro armazenado num disco virtual pode ser dividido em quatro fragmentos diferentes, e o disco virtual pode ser dividido em outros três fragmentos do disco físico em si. O efeito cumulativo da fragmentação em ambos os níveis reduz consideravelmente o rendimento do sistema. Além disso, as operações I/O do disco de qualquer máquina virtual têm um efeito em cascata sobre outras máquinas virtuais da mesma infra-estrutura.
O “white paper” recomenda, por isso, a utilização de ferramentas como optimizadores de discos virtuais para evitar que as máquinas virtuais sofram desfragmentação e funcionem a velocidades inferiores, além de evitar os riscos a que os próprios discos rígidos estão sujeitos.
Tanto a Microsoft como a VMware sempre recomendaram a desfragmentação de máquinas virtuais.