EMC encerra serviço de armazenamento em nuvem

O Atmos colocava a EMC em concorrência directa com os seus parceiros, dizem os analistas.

A EMC prepara-se para encerrar de imediato o seu serviço de cloud computing Atmos Online, de acordo com um aviso publicado pela companhia no seu site oficial.
Nesse aviso, a EMC afirma que o seu serviço de armazenamento será imediatamente desactivado, e que não pode dar qualquer garantia de que os dados ali armazenados pelos seus clientes poderão ser recuperados no futuro. “Assim, nós recomendamos fortemente que faça a migração de qualquer dado ou carga de produção críticos que actualmente existam no serviço Atmos Online para um dos nossos parceiros que ofereçam serviços baseados em Atmos”, indicou a EMC no seu site.
A EMC inaugurou o Atmos Online há pouco mais de um ano, mas o serviço nunca teve grande sucesso, como admitem alguns analistas do mercado.
Um porta-voz da EMC conta que, à medida que o número de prestadores de serviço a adoptar a tecnologia Atmos começou a expandir-se, a empresa decidiu não anunciar a disponibilidade geral do serviço Atmos Online. “A força do ecossistema Atmos é baseada predominantemente nos prestadores de serviço que oferecem serviços baseados no Atmos e nos fornecedores de serviços Internet que integram essa tecnologia”, disse, acrescentando que “a EMC vai focalizar-se na evolução desse ecossistema e permitirá que o Atmos Online tenha um papel de apoio”.
A EMC começou originalmente por oferecer o Atmos como um produto de software, em Novembro de 2008, aos fornecedores de serviços para que criassem as suas próprias ofertas no campo do cloud computing.
Teri McClure, analista do Enterprise Strategy Group, diz que a EMC decidiu acabar com o serviço Atmos Online para evitar competir com os seus próprios clientes de software. “Eles estão a tentar vender o Atmos como uma ferramenta para prestadores de serviços e, embora sempre tenha existido muita concorrência neste mercado, a verdade é que a EMC estava em competição directa com os seus parceiros”, diz a analista.
Esta não foi a primeira vez que a EMC experimentou ser um fornecedor de serviços de armazenamento. No início de 2000, a companhia criou um serviço de alojamento, mas acabou por não o lançar. “Andavam constantemente a avançar e a recuar, sem concretizar o que queriam de facto fazer”, diz Teri McClure, segundo a qual, até mesmo com o Atmos Online, a EMC nunca estabeleceu acordos de nível de serviço.
Segundo um inquérito recente realizado a mais de 1100 responsáveis de TI, o armazenamento em nuvens públicas e privadas não está ainda em franca expansão. Só 14% dos inquiridos disseram que as suas empresas estão a desenvolver ou a pensar executar clouds de armazenamento privadas ou públicas. No entanto, a generalidade dos profissionais que participaram no estudo manifesta preferência por clouds privadas.
Teri McClure considera que os resultados do estudo estão em linha com as pesquisas efectuadas pela própria ESG, considerando que o armazenamento em nuvem está ainda a dar os primeiros passos. “As empresas ainda estão muito preocupadas com a segurança da sua informação”, sustenta a analista.




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