Embora as infra-estruturas de desktop virtuais (ou VDI, na sua sigla original) tenham vantagens importantes, continuam a ser mais dispendiosas e são uma resposta mais lenta do que os ambientes tradicionais, segundo um executivo da Microsoft.
“Em comparação com os ambientes desktop convencionais, os ambientes VDI são entre nove e 11 por cento mais caros “, escreveu Gavriella Schuster, directora comercial de produtos Windows.
A mesma responsável assinalou, também, que os utilizadores se queixam de que os VDI diminuem a experiência dos utilizadores, devido ao facto de o rendimento da aplicação depender directamente da conectividade de rede.
De acordo com as explicações que deu posteriormente numa entrevista, Gavriella Schuster afirma que o seu texto representa uma tentativa de ajudar os clientes a determinar quando e como devem usar os VDI ou a virtualização de aplicações. Como ela própria sublinha, a Microsoft receberia sempre o valor das licenças dos sistemas operativos, independentemente da forma como o SO é acedido, pelo que a companhia se considera “agnóstica” no que diz respeito à virtualização.
Embora as estimativas de custos da Microsoft resultem de um inquérito realizado a 100 clientes empresariais que já implementaram VDI, outros estudos, como o realizado pela Computer Sciences Corp, que comparou os custos de cinco mil PC desktop com os de cinco mil casos VDI, defendem que a virtualização de desktops representa uma poupança de até 20 por cento. Este estudo sugere, inclusive, que em alguns casos os desktop virtualizados podem ser mais rápidos, dependendo da rede e do centro de dados da empresa. Noutros casos, dada a necessidade de mais largura de banda e capacidade de processamento, “existem sempre utilizadores que precisam de workstations”.
A Microsoft, que se associou recentemente à Citrix para a disponibilização de soluções VDI, afirma nesta entrada de blogue que a virtualização de desktops faz sentido para aqueles casos em que os funcionários são obrigados a ter um equipamento em dois locais diferentes, ou um PC tem que ser usado por turnos ou é partilhado por vários empregados.
No seu texto, a responsável da Microsoft assegura que, embora o VDI reduza os custos de hardware, acaba por aumentar os de software. Refere, ainda, que o Windows 7 vem aliviar muitos destes inconvenientes, o que poderá fazer, contudo, com que muitas empresas considerem a migração para o VDI, especialmente as que o pretendem fazer com as suas cópias de Windows XP ou Vista.
Uma das razões que as empresas referem como estando na base da adopção da virtualização de desktops prende-se com a possibilidade de reduzir o número de diferentes sistemas operativos que têm que ser suportados. Com a virtualização, um só SO pode ser usado por múltiplos clientes, mas a gestão de imagem do Windows 7 foi simplificada para que os clientes não tenham que criar uma imagem principal para cada máquina, reduzindo assim o número de imagens que têm que ser mantidas.
O Windows 7 conta, ainda, com novas funcionalidades que ajudam a gerir o consumo energético e o suporte remoto, duas outras vantagens normalmente associadas aos ambientes VDI.