A companhia de telecomunicações British Telecom (BT) pretende responder à crescente procura por serviços virtuais com um projecto destinado a competir com os datacenters tradicionais.
No trabalho de concepção do novo serviço, denominado Virtual Data Centre, participaram dez companhias do Reino Unido e seis do resto da Europa, como conta o responsável de serviços de TI da BT, Craig Parker.
A nova solução, que se baseia no conceito de datacenter virtual desenvolvido pela Cisco, NetAPP e VMware, será oferecida no Reino Unido através da BT Retail, criando uma possibilidade de mercado para companhias de menor dimensão. Craig Parker também afirmou que não existe uma dimensão mínima recomendada para o serviço, mas espera que os clientes iniciais sejam empresas maiores.
O responsável salienta que, apesar de o equipamento e de o software originarem de outros fabricantes, a BT realizou grande parte do trabalho necessário para permitir a disponibilização do novo serviço. “Houve um grande trabalho de configuração a fazer, com a BT na origem de muitas decisões arquitectónicas. Esse trabalho implicou também a integração com o Geneva, o nosso sistema financeiro, além da codificação XML que conseguimos integrar”.
Craig Parker diz que o serviço, com um nível de serviço garantido de 99,99 por cento, não será exactamente um datacenter a pedido. “Não se trata de comprar simplesmente uma máquina virtual com um cartão de crédito”, afirmou. As configurações envolvem um trabalho de parceria com o serviço de consultoria da BT, e podem demorar até cinco dias ou menos a estar concluídas, mas o responsável da companhia diz que em muitos casos este prazo chega a ser significativamente reduzido. “Já concluímos a implementação de alguns data centers virtuais em apenas 24 horas e queremos reduzir esse tempo”, sustenta.
As empresas estão acostumadas a estar perto dos seus data centers, para minimizar eventuais problemas de latência. O responsável de TI da BT admite que a latência pode constituir um problema para alguns utilizadores de data centers virtuais, mas sustenta que as empresas facilmente contornarão esta questão através da criação de diferentes modelos de serviço. Craig Parker diz, ainda, que outro problema muitas vezes levantado – a necessidade das empresas saberem onde residem exactamente os seus dados – já não é um obstáculo. “Os nossos estudos mostram que as empresas tendem a manifestar menos preocupação quanto à localização da sua informação, desde que não seja fora do seu país”, conclui.