Fujitsu inaugura nova linha de servidores

O fabricante apresentou o primeiro elemento da nova família de servidores Primergy Cloud eXtension CX1000, com uma nova arquitectura. Jens-Peter Seick, vice-presidente para a Divisão de Servidores x86, admite que os novos servidores vão canibalizar

O CTO  da Fujitsu Joseph Reger é rápido a admitir que a  principal inovação dos Primergy  CX1000 Cloud eXtension está no âmbito da rack e não nas unidades de computação. O grande objectivo da família de servidores é proporcionar o máximo de poder computacional por metro quadrado, ao menor custo. Nessa linha, a sua arquitectura procura poupar espaço ao apresentar uma via interna para encaminhar  o ar quente produzido pelo servidor, com a ajuda de apenas duas ventoínhas. Assim, Reger  classifica-o como sendo  “um passo atrás para dar dois à frente”.Uma série de tecnologias simples permitem ao sistema montado dissipar o calor, mantendo uma temperatura semelhante na traseira da rack, uma área estanque. Estes canal ou chaminé, permite prescindir dos chamados corredores quentes: torna-se possível instalar várias racks  em fila, costas com costas, para poupar espaço, na ordem dos 40% (segundo os cálculos da Fujitsu).

Em termos de computação, o primeiro modelo traz 38 nós de servidor, sem ventoinha, para maximizar a poupança e energia: parece provado que usando só duas ventoinhas maiores em vez de várias, o consumo é menor, e a eficácia de dissipação é maior.  A Fujitsu diz que a redução dos gastos de energia atinge níveis de 25%, em comparação com sistemas do mesmo nível de computação.

Reger procurou  salientar o conceito simplista da nova arquitectura Cloud eXtension, voltada para responder à redução de investimento em TI. À escala da unidade computação não há redundância de sistemas. Isto porque a lógica é diferente: a redundância funciona à escala da rack, se uma unidade de computação, semelhante a um servidor blade, não estiver a funcionar, imediatamente as aplicação ou tarefa dependente do dispositivo, passa a ser assegurada por outro (há 38 na rack). No fundo é uma camada de software a assegurar a redundância necessária. O que permite reduzir custos, alerta Reger.  Para mais tarde, a Fujitsu promete a disponibilização de software de gestão e optimização da rack, melhorado.

Cada unidade de computação traz dois processadores Xeon da Intel, podendo-se configurar sistemas com 500 núcleos de processamento, capacidade suficiente para alimentar entre cinco e seis mil máquinas virtuais.

Seguindo  as mesma prioridades de custo e benefício, os nós não vêm equipados com capacidade de Infiniband. Mas se houver algum cliente interessado, ela pode ser adicionada. “O tempo de reacção e adaptação à necessidade do cliente será  curto devido à arquitectura do sistema”, promete Jens-Peter Seick, vice-presidente para a Divisão de Servidores x86.  Para já, o sistema vem equipado com três switches Ethernet , para servir todos os nós de servidor.

Na mesma linha, o sistema não traz qualquer unidade de armazenamento SSD. Mas está preparado para as receber.

Contudo, se a  flexibilidade da plataforma física é razoável, o mesmo não se aplica à forma de comercilaizar o produto: Seick e Reger salientaram repetidamente que se um cliente não precisar de infra-estrutura, com 38 nós, terá de escolher outro produto da Fujitsu. Na ofertar CX 1000 não será possível tirar ou acrescentar unidades de computação, para corresponder à vontade do cliente.

Seis modelos nos próximos seis meses

A Fujitsu recomenda o novo sistema para ambientes de cloud computing, embora não seja exclusivamente para esse campo. Nas previsões do fabricante, 20 a 25% das empresas deverão adoptar algum tipo de acloud computing nos próximos ano e é nessa procura que o fabricante baseia o negócio dos Cloud eXtension. A oferta é dirigida a grandes empresas e organizações com grandes ambientes de computação. Nos próximos 2 a 3 anos a empresa espera facturar perto de 500 milhões de dólares com a nova linha. O CX 1000 está disponível a partir do final do mês de Março, e depois seguir-se-ão mais seis modelos nos próximos seis meses: com variações de conjugação de poder de computação e capacidade de memória. O novo sistema pode custar entre 80 a 250 mil euros, com o potencial de infra-estrutura todo aproveitado, diz Seick.

O mesmo responsável diz estar consciente de que a nova oferta deverá canibalizar a venda de  outros servidores.




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