Apesar da implementação diversificada e maciça de TIC e da Internet o número de formados em ciências teve uma queda na ordem dos 50%, disse o director do e-Skills Project Digital Europe, da Comissão Europeia, André Richier.
No âmbito da Futurália, a e-Skills Project Digital Europe está a promover as competências que devem ser detidas pelos cidadãos para enfrentar uma economia baseada no conhecimento e na sociedade. O conjunto das competências inclui as competências do profissionais de TIC, de utilizador, e empresariais, segundo a proposta da Comissão Europeia. Neste contexto, André Richier considerou como um dos aspectos mais importantes para competitividade da economia europeia, a melhoria da capacidade de atracção pela área das ciências exactas. Segundo o responsável, desde 2005 houve uma quebra no número de formados nas área das ciências, e além desde 2003, o número de alunos matriculados na área caiu perto de 50%. Na visão do responsável, os outros dois aspectos serão “a colaboração de longo prazo”, dada a dificuldade de mudar a evolução da economia de um momento para o outro; e o investimento em recursos humanos.
Na abertura do evento, o presidente da APDC e embaixador e-Skills, explicou que estas tendem a desaparecer porque serão cada vez mais disseminadas entre as populações deixando de se diferenciarem. O executivo da Cisco considerou que face à evolução da economia mundial a Europa tem desafios do ponto de vista estratégico cruciais, para se manter competitiva. O crescimento necessário só será garantido com aumento de produtividade e inovação, na sua opinião. “É preciso, durante a crise, descobrir novas fontes de crescimento para substituir empregos”, explica. Estas fontes estão a surgir segundo o responsável, em áreas como as dos serviços ambientais, das tecnologias para medir consumos, da saúde, da educação e de suporte ao envelhecimento da população.
Na visão do mesmo, faz cada vez menos sentido distinguir empresas de alta tecnologia e baixa tecnologia. Mas alerta que a tecnologia recompensa melhor as “latas competências”. A educação será cada vez mais globalizada, e as pessoas hoje já aprendem mais com jogos e entretenimento do que através das metodologias tradicionais. Nessa linha, a aprendizagem é cada vez mais informal.
A presidente do European Centre for Women and Technology, Eva Fabry elogiou a estratégia de Portugla para a promoção das competências para a e-economia, elogiando a caopacidade de integração e inclusão do plano de acção. Além disso, realçou o impacto positivo da agenda e-Skills na eliminação do hiato digital na sociedade portuguesa.