Os dispositivos de comunicação móvel substituiram o PC , não só para comunicar como também para aceder a capacidade de computação, segundo o CEO da Google, Eric Schmidt.
Na visão do líder da Google os dispositivos de comunicação móvel no centro do universo da computação. Durante a sua palestra no Mobile World Congress em Barcelona, pediu aos programadores de aplicações para darem prioridade às versões móveis, em vez das edições para desktop. “Trabalhar a mobilidade primeiro”, foi mote do seu discurso.
Mas para muitos observadores da indústria presentes na plateia algumas das afirmações forma óbvias e o executivo teve de espicaçá-los para baterem palmas quando apresentou as últimas aplicações da empresa: a busca por voz e a busca porm imagens.
Mas o CEO estava certo, de determinada forma. Talvez os mesmos analistas estejam um bocado entediados sobre a forma como os smartphones e outros pequenos dispositivos móveis se tornaram importantes , desde que se tornaram mais potentes, pessoais e portáteis.
Schmidt recordou a história de duas vítimas do terramoto no Haiti : uma usou o telemóvel para ajudar os socorristas a encontrá-la e a outra que usou uma aplicação do iPhone para diagnosticar a gravidade das suas feridas.
Contudo, para a Google e outras empresas, o valor dos telemóveis liga-se à sua taxa de adopção. Schmidt referiu que as vendas de smartphones estão a crescer a 30% ao ano e em breve vão suplantar as vendas dos PC.
Na mesma linha de raciocínio, salientou que a adopção da Internet móvel está a crescer oito vezes mais do que a taxa de adopção da Internet no PC. Metade das ligações de Internet estão a ser feitas por dispositivos móveis, acrescentou, antes de referir há mais buscas no Google feitas a partir de telemóveis, do que dispositivos móveis, nas economias emergentes.
Mas Schmidt teve de lidar com algumas questões mais agressivas vindas da audiência. Uma teve a ver com operadores preocupados com a possibilidade de a Google desenvolver aplicações inteligentes capazes de relegar as redes para o papel de condutas sem inteligência, de onde os operadores não conseguem tirar receitas . A resposta dop CEO foi no sentido de valorizar as boas redes capazes de gerir aplicações de forma apropriada, mantendo a sua qualidade de serviço alta. Disse que o futuro dos dispositivos móveis, incluindo o sistema operativo Android exigirá a convergência de três coisas: grande capacidade de computação,
conectividade eficaz e a utilização de servidores de cloud computing para desempenhar uma série de tarefas sofisticadas que não podem ser feitas só no telemóvel, como as buscas de voz e imagem.
“O telemóvel deixou de ser o tele móvel para ser o alter ego. É a extensão de tudo o que somos. Embora não pense tão bem como nós, tem uma memória melhor “.
Em resposta a outras questões, Schmidt considerou que as video-conferências em mobilidade “será a próxima aplicação interessante”. Mas isso vai exigir redes potentes com tecnologias LTE e WiMax, ambas suportadas pela Google.
Além disso, parece ter feito uma vénia aos operadores preocupados em evitar que um pequeno grupo de utilizadores de extraírem todos os dados que puderem.”Queremos assegurar que a rede seja adaptativa, pois as pessoas estão a consumir quantidades maciças de dados”, disse. “Na realidade, serão forçados a ter uma tabela de preços segmentada.”