A Alcatel-Lucent encerrou o último trimestre do ano fiscal de 2009 com lucros, mas permanece no vermelho nos 12 meses do exercício fiscal.
Contudo, a empresa está optimista relativamente a este ano, na medida em que a procura de acesso móvel Internet tem vindo a crescer o que poderá conduzir ao desenvolvimento de novas redes de comunicações baseadas na tecnologia LTE (Long Term Evolution). Esta semana, anunciou que irá auxiliar a AT&T Wireless a actualizar a sua rede de comunicações nos Estados Unidos da América.
A empresa anunciou receitas de 3,97 mil milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 19,9 por cento relativamente ao ano anterior. As receitas anuais ascenderam a 15,16 mil milhões, uma quebra de 10,8 por cento.
Resultados extraordinários de 201 milhões permitiram que a empresa registasse um lucro de 46 milhões no último trimestre, insuficiente para eliminar os prejuízos acumulados no decorrer doano e que totalizaram 524 milhões de euros.
O segmento de negócio com maior peso na actividade da empresa – redes para operadores – registou uma quebra de 28,3 por cento para 2,24 mil milhões de euros. O segmento de negócio de redes wireless ainda foi mais afectado pela recessão das actividades económicas tendo registado receitas de 799 milhões de euros,o que equivale a uma quebra de 33,7 porcento. A procura de tecnologia LTE ainda não foi suficiente para contrabalançar a queda continua nas receitas provenientes da tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications). As vendas de redes ópticas registaram igualmente uma quebra de 19,5 por cento, totalizando 763 milhões de euros, enquanto as receitas de serviços permaneceram estáveis 1,03 mil milhões no último trimestre. As receitas provenientes do segmento de negócio de software aplicacional ultrapassaram 334 milhões, o que equivale a um crescimento de 1,5%. As redes corporativas, o mais pequeno segmento de negócio da Alcatel-Lucent, registou vendas de 283 milhões de euros, o que equivale a uma quebra de 11 por cento.
Os responsáveis da Alcatel-Lucent acreditam que o mercado de equipamento de comunicações estabilizou e que irá recuperar no decorrer deste ano registando um crescimento que deverá rondar 5 por cento. Após a redução de custos de mil milhões de euros no decorrer do exercício fiscal de 2009, a empresa prevê uma melhoria nas suas margens operacionais.