Num evento da Oracle dedicado ao tema do modelo cloud computing, Andrew Sutherland, vice presidente do fabricante, revelou que a estratégia da companhia passa sobretudo por um tipo de cloud computing: “a plataforma como um serviço” ou PaaS.
O modelo de cloud computing tem na visão da Oracle, três tipos: o software como serviço (SaaS), a infra-estrutura como serviço (IaaS) e a plataforma como um serviço (Paas). De acordo com Andrew Sutherland, vice-presidente da EMEA Technology
Oracle Europe, Middle East, and Africa, a Oracle estará mais interessada em promover prioritariamente o último modelo. Num evento organizado para promover o modelo de computação em cloud o responsável acabou por frisar que a principal característica distintiva da abordagem tem a ver com o serviço on-demand: “A computação a pedido é a grande diferença e promessa de desenvolvimento da cloud computing”.
No modelo PaaS, a Oracle pretende fornecer a tecnologia para os seus parceiros e clientes desenvolverem as suas plataformas de cloud computing privadas ou públicas. O PaaS engloba não só o fornecimento da infra-estrutura, mas também o ambiente necessário para as empresas poderem desenvolver e alojar as suas aplicações. Inclui hardware, middleware e software. Como explicou Sutherland , “as aplicações são fornecidas numa plataforma de desenvolvimento, capaz de suportar a reutilização e a criação do que for necessário neste âmbito, para sustentar o negócio”.
Este enfoque não quer dizer que a gigante despreze os outros tipos de cloud computing. Até porque a empresa tem uma oferta de SaaS baseada em serviços de CRM, que tem promovido bastante. O director-geral da Oracle em Portugal, João Taron, revela que mais de 50% dos clientes de CRM do fabricante, no país, optam pela oferta de SaaS.
Os argumentos do fabricante no âmbito da PaaS passam pela intenção de fornecer middleware e bases de dados numa fundação consistente, capaz de proporcionar capacidades de gestão centralizadas e evitar a necessidade de gerir pequenos ambientes um por um. Trata-se de um alicerce dinâmico sobre o qual os clientes e parceiros poderão implementar todas as suas aplicações.
Uma das tecnologias úteis nesta visão tem a ver com a plataforma Weblogic, cujas capacidades “sofisticadas”, os responsáveis do fabricante dizem suportar a mudança de nós, atribuídos às aplicações, de forma flexível. Outra tecnologia que a empresa de Larry Ellison exibe como argumento é a sua Coherence- In Memory Dat Grid, para resolver problemas de coerência de dados e memória, decorrente do funcionamento de várias fontes de computação em simultâneo. Esta tecnologia, segundo a Oracle, servirá para oferecer maior capacidade de expansão, além de uma disponibilidade de dados mais consistente, por estarem replicados.