“É a evolução natural do mercado”, sublinhou o presidente da Oracle, Charles Philips, explicando a conjugação de negócios da Sun e da Oracle. A integração de hardware e software será o mote da fusão e da estratégia tecnológica da “nova” empresa.
A fusão da Sun com a Oracle vai produzir mudanças em várias áreas desde o modelo de fabrico do hardware, até a forma de abordar o mercado pelo canal. Curiosamente, contrariando rumores, a empresa diz querer contratar mais recursos humanos (apesar de também pensar despedir algumas pessoas). O mote principal da fusão é a integração cada vez mais optimizada de hardware com software. Na visão do presidente da Oracle, Charles Philips com a aquisição, por 7, 5 mil milhões de dólares, da Sun pela Oracle, completou-se um ciclo de 30 anos até um empresa estar presente em todas as camadas de TIC empresariais. “Nós queremos ser a IBM dos anos 60, mas comprometidos com padrões abertos”, afirmou o responsável, curiosamente.
Neste contexto o produto emblema da nova fase da Oracle será para já a Exadata Database Machine, capaz de combinar hardware e software integrados para uma tarefa específica, com o data ware housing.
“Ter todas as peças nas suas estruturas permite à Oracle a oportunidade para fazer todas as afinações necessárias para os componentes, de forma a funcionarem bem. Isso pode até ajudá-los colocar produtos no mercado mais rapidamente,” considera a analista da IDC Jean Bozman. Contudo, a empresa vai ter de enfrentar o facto de muitas empresas terem já muitos componentes instalados. E isso deverá levar a Oracle a ter de fazer parcerias, ironicamente.
Outro desafio segundo vários analistas é conseguir combater o cepticismo dos potenciais clientes de hardware da Sun, assediados pela IBM e HP desde o anúncio da compra em Abril.