União Europeia aprova fusão da Oracle e da Sun

A Comissão Europeia autorizou a compra da Sun pela Oracle depois de aturadas e por vezes, controversas análises, além de uma viragem de posição muito grande.

neelie_kroes_msft_fineA Comissão Europeia concedeu à Oracle autorização para concretizar a fusão com a Sun. Falta ainda a aprovação noutras áreas de jurisdição, incluindo a Rússia e a China. Contudo, a aprovação por parte da Comissão Europeia é um grande passo para um negócio classificado por muitos como sendo capaz de  transformar toda a indústria de software. Mais dramático é a previsão de alguns analistas segundo os quais a operação deverá matar uma dos mais bem sucedidos programas no Mundo, a base de dados MySQL.
Apesar disso, a comissão considerou num comunicado que o negócio não apresenta qualquer ameaça à concorrência.

“Eu estou satisfeito com o facto de a concorrência e inovação serem preservadas em todos os mercados afectados. A aquisição da Oracle tem o potencial para revitalizar importantes activos e criar novos e inovadores produtos”, sustenta a Comissária Europeia, Neelie Kroes, numa declaração. A situação reflecte uma mudança de atitude muito diferente daquela assumida em Novembro de 2009. Nessa altura, a Comissão expressou preocupações sérias sobre o negócio anunciado, por poder levar à tomada de controlo sobre a MySQL, uma base de dados opensource, criada por uma divisão da Sun, e que tem estado a roubar quota de mercado, de  rivais mais caros da própria Oracle, IBM e Microsoft.
Contudo, afastou essas preocupações em Dezembro depois de a Oracle prometer salvaguardar a existência da MySQL, durante cinco anos, depois de o negócio se concretizar. De forma controversa, essas garantias foram dadas a fabricantes, progaramadores e clientes da MySQL, mas não à Comissão.

A mudança de posição face ao negócio justifica-se pela Comissão, por ter exagerado nas suas primeiras apreciações e preocupações sobre a MySQL. “A investigação evidenciou situações de concorrência em certas áreas do mercado de bases de dados, mostrando também que não são concorrentes noutras partes como os segmentos mais altos”, explicou.

A investigação também mostrou como outra base de dados, a PostgreSQL, pode ser uma alternativa credível à MySQL e conseguirá substituir, em certa medida, a dose  de concorrência actualmente existente no mercado das bases de dados. Também concluiu que a MySQL poderá ser separada em dois ramos por outros programadores de software open source, e estes poderão ainda desenvolver no futuro “um constrangimento concorrencial à Oracle, de forma suficiente e atempadamente”.
A aprovação do negócio foi assegurada pela Oracle no mês passado quando fez 10 anúncios públicos de garantias aos utilizadores da MySQL, programadores e clientes de que vai dar suporte à base de dados nos próximos cinco anos.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado