Sistema Informação Gestão – ERP

Estas funções estão agrupadas em três domínios: Financial Management (FM), Supply Chain Management (SCM) e Customer Relationship Management (CRM).
As funções destes domínios são integradas numa tecnologia cliente/servidor, onde vários tipos de utilizadores podem realizar os processos de acordo com o tipo de responsabilidade dentro da empresa desde qualquer lugar.
Os processos de gestão da empresa seguem então os fluxos de trabalho de acordo com a configuração da aplicação. De uma forma proactiva o sistema emite alertas e notificações para a tomada de decisões em tempo real.
Estes fluxos de trabalho assentam em requisitos legais e boas práticas, sendo as linhas orientadoras dos objectivos da empresa, gerindo assim o fluxo informação, materiais, operações, pessoas e valor.
Sendo actividade diária do gestor a compreensão do desempenho, esta informação provém de várias fontes contando diversas perspectivas da realidade da empresa. O departamento financeiro tem os seus próprios números matemáticos, as vendas, suas estatísticas, a produção, sua engenharia e assim todas as unidades de negócio têm a sua própria versão de quanto contribuem para a performance da empresa. O ERP cria assim uma versão imparcial da verdade assente numa base de dados comum a todas as funções da empresa.

De acordo com um estudo realizado em 2008*, os gestores portugueses identificam os seguintes pontos como principais vantagens na utilização do ERP:

A integração dos dados financeiros

Contabilidade Geral – manutenção de um plano de contas actualizado ao dia
Recebimentos – rastreio dos pagamentos efectuados e por efectuar dos clientes
Pagamentos – planeamento dos pagamentos a fornecedores
Imobilizado – gestão das amortizações e outros custos associados.
Gestão Tesouraria – monitorização e analisa os fluxos monetários, acordos financeiros e riscos de investimento
Controlo de Custos – análise dos custos matérias-primas, mão-de-obra, armazenarem e custos gerais.

A estandardização da Supply Chain, incluindo os processos de fabricação

Planeamento da Produção – geração de planos de produção semanais com programação diária
Gestão de Stocks – controlo dos níveis de inventário, números lote/série, datas validade/garantias.
Gestão do processo de encomendas – automatização da inserção dos dados específicos de clientes.
Gestão de Armazéns – Manutenção dos registos da movimentação realizados no interior das localizações.
Distribuição e Entrega – organização e plano de rotas de distribuição por vários critérios e meios de transporte.
Gestão da Capacidade Instalada – optimização das cargas por máquina/homem
O relacionamento e satisfação dos clientes
Vendas e Marketing – análise de vendas e campanhas orientadas por segmentos
Serviço Pós venda – gestão dos serviços acordados e dos níveis de serviço

O ERP é utilizado como ferramenta de gestão e colaboração, geralmente optimizados pela interface baseada em sistemas operativos standards, onde a familiarização com outros produtos de produtividade tais como folhas de cálculo, correio electrónico, etc, faz com que a experiencia diária seja consistente e intuitiva.
A integração harmoniosa com outras tecnologias tais como Gestão de Processos de Negócios (Business Process Management) e Portais Web torna mais fácil a partilha e troca de informações das diversas funções de gestão, quer internamente quer externamente com os parceiros comercias numa óptica de gestão ebusiness.
O acesso aos dados em tempo real permite aos gestores trabalhar com ferramentas analíticas de avaliação de desempenho pela geração de relatórios, análises OLAP (On-line Analytical Processing), KPI (Key Performance Indicators) e de uma forma gráfica.
Esta arquitectura permite a realização de balance scorecards passíveis de ser executados desde qualquer parte do mundo.

*estudo Mestrado Gestão – Lean ERP – Pedro Ruivo, UNL 2008