Perto de 0,75% das casas portuguesas têm assinatura de linhas FTTP

Desde cerca de um ano que o número de assinantes de serviços sobre linhas FTTH passou de 14,5 mil para 41,5, cerca de 0,75% face ao número de casas portuguesas: 5, 5 milhões segundo o INE. O crescimento foi de 186%.

fibraUm estudo sobre o estado do mercado de fibra instalada até casa do utilizador deverá ser apresentado na próxima conferência do Fiber To The Home (FTTH) Council (7ª edição) a realizar em Lisboa durante dias 24 e 25 de Fevereiro. Dados preliminares do mesmo trabalho indicam que o número de casas passadas passou o milhão, – 1,150 milhões –  reflectindo um crescimento de 475%, até  Dezembro de 2009. São cerca de 20,9% do número de casas em Portugal (5,5 milhões, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística).
As arquitecturas tecnológicas usadas na implementação do acesso são todas em tecnologias Gigabit Passive Optical Network (GPON), face à tecnologia Ethernet. Na Europa, de acordo com dados do FTTH Council, perto de 47% das implementações são executadas em GPON e o restante em tecnologia ponto a ponto. A primeira forma é assumida como a mais barata. Segundo responsáveis do mesmo organismo, o preço de implementação de fibra, por casa, pode variar muito: há situações de 500 euros e há casos de 2000 (em terrenos muito rochosos, por exemplos)
Apesar da crise económica estar a afectar a implementação de novas infra-estruturas por toda a Europa, o director-geral do FTTH Council, Karel Helsen, espera a mesma escala de crescimento das referidas taxas de penetração em 2010. Os executivos estão a contar com os apoios da Comissão Europeia e os concursos lançados pelo governos, para suportar a evolução do mercado das zonas mais rurais e do interior.
Na evolução da situação portuguesa, foi determinante o compromisso e empenho do Governo segundo o responsável. Mas entre outros factores também o “apetite” dos operadores e um ambiente regulatório favorável ao investimento sustentou o desenvolvimento do mercado. O presidente do FTTH Council, Hartwig Tauber, acabou por incitar os reguladores a não esperarem pelas recomendações da Comissão Europeia –  previstas para Abril – de modo a acelerarem o processo de implementação e investimento em FTTP. Para Tauber a questão fundamental será criar “confiança” no mercado. E a melhor maneira de promover a adopção é explicando ao público o que a fibra pode disponibilizar.
Contudo, a largura de banda real e garantia da mesma têm sido os dois factores mais importantes de adopção das subscrições dos serviços, segundo Tauber. Outro factor importante tem a ver com a simetria das velocidades de transmissão, com as de upload terem um papel mais relevante, nas fases de iniciais de adopção.




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