A British Computer Society (BCS) fundou um grupo de reflexão sobre cibercrime. A organização irá fornecer informações e consultoria sobre o tema às autoridades.
Este anúncio surge dois meses depois de a polícia britânica ter recebido 3,5 milhões de libras (cerca de quatro milhões de euros) de fundos estatais para formar uma unidade especial para combater práticas de criminalidade electrónica. Investigações recentes classificaram o Reino Unido com a segunda maior fonte de cibercrime à escala mundial, atrás apenas dos Estados Unidos – e com prejuízos na ordem dos 6,7 mil mihões de euros anuais. De acordo com a BCS, o think tank – de nome Cybercrime Forensics Specialist Group (CFSG) – irá centrar-se em metodologias científicas para recolher provas digitais em investigações criminais, assim como em questões legais e na acreditação de testemunhas de especialidade.
Fontes da BCS afirmam que o CFSG poderá ganhar destaque até aos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. A unidade irá trabalhar em conjunto com a National Police Improvement Agency e irá ter um papel a representar na conferência anual Cybercrime Forensics Education and Training. Entre os membros do grupo contam-se académicos, agentes das autoridades, especialistas em computação e advogados.
O CFSG tem como objectivo contribuir para o desenvolvimento de padrões para recuperação e análise de informação, e colaborar na formação e na acreditação de quem prepara o material de prova para tribunais. O grupo também pretende avaliar a qualidade do software utilizado pelas equipas forenses de ciber-criminalidade da polícia.