A Accenture é uma consultora, com cerca de 105 mil colaboradores a nível global e em Portugal temos cerca de 800 profissionais dedicados exclusivamente à consultoria.
Fazemos a integração de processos e tecnologias, e nesse campo eu destacaria algumas áreas de actuação. Uma delas tem a ver com uma vertente mais estratégica, mais de organização de todo o sector, e posso destacar um dos projectos que estamos a desenvolver neste momento em Inglaterra com a NHS, onde está a ser desenhado um programa para ser implementado ao longo de dez anos, portanto redesenhar todo o sistema de saúde, nomeadamente ao nível dos sistemas de informação e será implementado ao longo desse período.
Numa escala mais pequena realizámos o mesmo em algumas comunidades autónomas aqui Espanha, como Andaluzia, em que foi desenvolvido um centro de serviços partilhados que temos em parceria com outras entidades da região, e a partir do qual é gerida e suportada toda a infra-estrutura de sistemas de redes de comunicações do sector da saúde nesta comunidade.
Este centro está em exploração desde 1998, e ao fim de dois ou três anos toda a sua estrutura passou a ser rentável e inferior aos custos que existiam anteriormente e em termos do nível de serviço, como exemplo, os problemas de complexidade média que demorava antes 72 horas em média a ser resolvido passou a ser resolvido em 2 horas.
Fizemos também recentemente o desenho de um programa de reestruturação de sistemas de informação do SMAS que está a decorrer agora, e estamos também a implementá-los em vários hospitais em Portugal.
É uma solução que responde àquilo que temos falado na área hospitalar, desde a prescrição electrónica que detecta incompatibilidades entre fármacos, suporta soluções de computação móvel em que o processo de enfermagem e as várias actividades médicas em volta do paciente podem ser suportadas por soluções desse tipo com soluções de leitura de código de barras ou o que for, que permita evitar erros que possam surgir, e suporta todo o tipo de informação clínica que possa haver sobre o doente.
No campo de soluções inovadoras, não sendo essa a nossa actividade em Portugal, mas como multinacional que somos podemos utilizar algumas das soluções.
Temos centros de desenvolvimento e investigação em vários países, destacaria uma solução que está a ser implementada no NHS, que é uma solução intermédia entre o paperless e o paper que é sempre necessário, como a caneta digital, que produz a informação já estruturada e evita a duplicação das vias de informação.
Mais recentemente lançámos um programa piloto com uma associação, que tem como objectivo desenvolver a tecnologia de RFID nos vários sectores, e lançámos um piloto na área da telemedicina para pacientes com pacemakers, permitindo a integração de informação com os hospitais que os seguem.